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Nelson Piquet fala sobre a armação de Cingapura
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Nelson Piquet fala sobre a armação de Cingapura
Era uma vez um jovem promissor, campeão da Fórmula 3 inglesa. Filho de um tricampeão mundial de Fórmula 1, e com jeito de piloto vencedor.
Nelsinho Piquet chegou à Fórmula 1 com as honras e o peso do sobrenome. No ano de estreia, já subiu ao pódio.
“Foi o brasileiro que mais pontuou no primeiro ano de Fórmula 1. Então, não se pode falar nada mal da carreira dele, mas este ano foi um ano difícil. A Renault deu uma prioridade muito grande de carro para o Alonso”, diz Nelson Piquet, o pai.
Quem decidia as prioridades da Renault era Flavio Briatore. Cingapura, 2008. Briatore bola um plano para que a estrela da equipe, Fernando Alonso, vença a corrida. E decide sacrificar Nelsinho Piquet.
O jovem piloto é colocado à prova -- teria coragem de bater de propósito? Às vésperas de renovar seu contrato, Nelsinho topou a armação. “Foi uma pressão muito grande que a Renault botou em cima dele”, defende Piquet.
Nelson Piquet, o pai, mesmo sem ter nada a ver com a farsa, viu seu nome no centro deste furacão. Até agora, Piquet não tinha dado entrevistas sobre o escândalo. Mas decidiu falar, pela primeira vez, e com exclusividade, ao Fantástico.
Nelsinho Piquet chegou à Fórmula 1 com as honras e o peso do sobrenome. No ano de estreia, já subiu ao pódio.
“Foi o brasileiro que mais pontuou no primeiro ano de Fórmula 1. Então, não se pode falar nada mal da carreira dele, mas este ano foi um ano difícil. A Renault deu uma prioridade muito grande de carro para o Alonso”, diz Nelson Piquet, o pai.
Quem decidia as prioridades da Renault era Flavio Briatore. Cingapura, 2008. Briatore bola um plano para que a estrela da equipe, Fernando Alonso, vença a corrida. E decide sacrificar Nelsinho Piquet.
O jovem piloto é colocado à prova -- teria coragem de bater de propósito? Às vésperas de renovar seu contrato, Nelsinho topou a armação. “Foi uma pressão muito grande que a Renault botou em cima dele”, defende Piquet.
Nelson Piquet, o pai, mesmo sem ter nada a ver com a farsa, viu seu nome no centro deste furacão. Até agora, Piquet não tinha dado entrevistas sobre o escândalo. Mas decidiu falar, pela primeira vez, e com exclusividade, ao Fantástico.
PIQUET: “A diferença de horário era muito grande. Ele não pode se comunicar comigo.
REGINALDO LEME: “Se ele tivesse conseguido falar com você? O que você teria dito para ele?
PIQUET: “Ele não ia fazer isto nunca”.
A tramoia era quase perfeita. A equipe chamou Alonso mais cedo aos boxes. Duas voltas depois, Nelsinho bateu obrigando a entrada do carro de segurança. Como somente Alonso tinha feito a parada para reabastecer e trocar pneus, com o acidente, ganhou a corrida.
O contrato de Nelsinho acabou renovado um mês e meio depois, mas com exigência de resultados. Alegando fraco desempenho, no meio do campeonato, Briatore demitiu o piloto. Nelsinho foi, então, aconselhado pelo pai a procurar a Federação Internacional de Automobilismo, a FIA, e contar a verdade.
REGINALDO LEME: “Nelson, quando efetivamente você falou com alguém da FIA pela primeira vez?”
PIQUET: “Quando acabou o campeonato no ano passado, no Brasil, eu fui direto para o Charlie Whitting”.
REGINALDO LEME: “Ele se assustou quando você contou?”
PIQUET: “Lógico. Isto é crime em automobilismo, em esporte. A vontade que eu tive foi levar este caso à FIA no fim do ano”.
REGINALDO LEME: “E por que não levou?”
PIQUET: “Porque ia prejudicar o Nelsinho. Aí eu esperei”.
REGINALDO LEME: “Você sempre me disse que quando o Nelsinho chegasse à Formula 1, que ele caminharia pelos próprios passos, e foi o que você fez durante todo o campeonato de 2008. Este ano, ao contrário, você passou a ir a todas as corridas. Por quê?”
PIQUET: “Nelsinho não treinava em condições iguais; o carro não estava em condições iguais. Eu comecei a vir a todas as corridas para ver se realmente podia ajudar o Nelsinho e estar do lado. E no meio do ano ele quebrou o contrato. Então eu disse: está na hora da gente denunciar tudo o que aconteceu”.
Informada sobre a farsa, a FIA investigou e baniu Briatore da Fórmula 1.
PIQUET: “Eu sabia que isto é crime. Você manipular um resultado de uma corrida, isto é coisa criminosa, isto não cabe dentro do esporte. Quando o Briatore terminou o contrato do Nelsinho no meio do ano, não tinha muito mais a perder na carreira dele, a não ser botar em pratos limpos o que o Flavio e a Renault estavam fazendo com o Nelsinho o ano inteiro”.
REGINALDO LEME: “É verdade que você chegou a ficar um tempo sem falar com ele?
PIQUET: “Não, não, de jeito nenhum. É tudo boato”.
REGINALDO LEME: “Mas não gostou nem um pouco?”
PIQUET: “Isto não é uma coisa do automobilismo. Na minha carreira, eu nunca pensaria em fazer uma coisa assim”.
Em 1986, Piquet e Nigel Mansell eram da mesma equipe, a Williams. Mas, na pista, brigaram tanto entre si que os dois, mesmo favoritos, perderam o título para Alain Prost.
REGINALDO LEME: “Você não acha normal, num jogo de equipe, um companheiro ceder posição para o outro companheiro?”
PIQUET: “Em alguns times aconteceu. Várias corridas Rubinho que tirou o pé para o Schumacher passar. Isto aí é jogo de equipe. Cada piloto vai brigar por sua posição e pelo seu resultado”.
REGINALDO LEME: “Em um corrida final, que esteja decidindo e que um piloto já não tem chance, aí justifica-se? Por exemplo, o Massa e o Raikkonen?
PIQUET: “Nem assim justifica”.
REGINALDO LEME: “Dos sete títulos que o Schumacher ganhou, você se lembra de algum que você considera ganho na trapaça?”
PIQUET: “Eu acho que, toda vez que você tenta derrubar um companheiro, ou tenta provocar um acidente, para ganhar um título, você está apelando. Para mim, este título não vale nada”.
REGINALDO LEME: “O mesmo você acha com relação ao Prost e Senna em 1989?
PIQUET: “A mesma coisa”.
REGINALDO LEME: “Senna e Prost em 1990?”
PIQUET: “Mesma coisa”.
Em 1989, Prost jogou o carro para cima do Senna e saiu campeão. No ano seguinte, Senna se vingou, bateu no Prost de propósito e assim, conquistou o título.
PIQUET: “Eu mesmo não faria nada não. Não teria capacidade de fazer uma coisa desta de jeito nenhum. Os três títulos que eu ganhei, eu ganhei trabalhando, vencendo”.
REGINALDO LEME: “Procura definir o Briatore em uma ou em poucas palavras?”
PIQUET: “Pouco inteligente”.
REGINALDO LEME: “O Nelsinho, em uma ou em poucas palavras?”
PIQUET: “Muito talentoso, muito sofrido”.
REGINALDO LEME: “O caso entra para história?”
PIQUET: “Eu acho que vai ajudar sempre mais a Fórmula 1 e o esporte motor a ser uma coisa mais digna”.
Fonte: Globo
Re: Nelson Piquet fala sobre a armação de Cingapura
É lógico que apesar de não concordar com o que aconteceu, o Nelson Piquet vai sempre tentar suavizar as coisas, e limpar a barra do filho.
Isso é mais do que óbvio!
Isso é mais do que óbvio!
Re: Nelson Piquet fala sobre a armação de Cingapura
De qualquer forma a carreira do filho já está manchada. O pai é um macaco velho da F1, conhece tudo lá, não deve ter orientado o suficiente para o filho.
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