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Marina Silva: Rio 2016 deve dar transparência aos gastos
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Marina Silva: Rio 2016 deve dar transparência aos gastos
Para a senadora, é preciso haver circulação ampla e irrestrita dos gastos e redução do impacto ambiental
Marina Silva
De Brasília (DF)
A escolha do Rio de Janeiro para ser a sede dos Jogos Olímpicos de 2016 é uma grande conquista e uma excelente oportunidade para a cidade e para o país. Apesar de algumas vozes dissonantes, tínhamos uma grande torcida. E o resultado veio em clima de final de Copa do Mundo.
Foi um grande feito, mesmo dando o devido desconto ao fato de que o Comitê Olímpico Internacional seguiu uma lógica política, ao promover a primeira Olimpíada na América do Sul.
A luta agora, na qual os governantes do Rio e o governo federal têm que demonstrar idêntica competência, é a da gestão da vitória, para que ela se materialize como um paradigma de bom uso dos recursos públicos, de capacidade de planejamento estratégico, com um olho no brilho olímpico e outro na chance histórica que tem a cidade do Rio de Janeiro de virar o jogo e se reinventar.
Muitas pessoas estão com o pé atrás, dada a experiência recente da realização dos Jogos Pan-americanos, do qual se esperava bem mais em termos de internalização de benefícios, tendo em vista o que se gastou.
Agora, já se fala em cerca de R$ 30 bilhões de investimentos para a Olimpíada. Não adianta desqualificar ou estigmatizar a desconfiança de parte da população, porque ela está escaldada e tem fundados motivos para o descrédito. Mas não se pode também jogar água fria na justa alegria carioca e brasileira.
A questão não é só preparar o Rio para receber milhares de visitantes e atletas, como se fosse um cenário que, acabada a festa, simplesmente é desmontado. Tem que ser, no seu conjunto, uma cidade diferente. E, para isso, o grande desafio está na atitude, tanto da sociedade quanto das autoridades.
É preciso exigir, desde o começo, transparência e circulação ampla e irrestrita de informações sobre os gastos e sobre a intervenção urbana planejada, nos seus vários aspectos.
E já surgem iniciativas nesse sentido no Twitter, por exemplo. Foi criado, por pessoas que torcem pela cidade e estão dispostas a acompanhar o cumprimento das promessas, o perfil fiscalizaRJ2016.
De edições anteriores, há bons exemplos a seguir. A Olimpíada de Barcelona, em 1992, foi um marco na vida daquela cidade, com resultados duradouros e extremamente positivos. Além de ter sido rentável, ao contrário de várias outras.
A Olimpíada de 2000, em Sydney, na Austrália, foi outro exemplo bonito. Foi a primeira a incluir medidas de redução de impacto ao meio ambiente como item indispensável na realização do evento. Um planejamento feito em conjunto com entidades e organizações ambientalistas.
Aqueles jogos se destacaram por levar em conta a economia de energia e de água e a redução de lixo e de emissões de gases poluentes. Os placares eletrônicos e os refletores que iluminavam a noite australiana, por exemplo, eram movidos a energia solar.
Também podemos inovar, criando soluções tecnológicas para tornar os jogos do Rio de Janeiro ainda mais verdes e educativos, criando um mercado de trabalho e uma economia com um pé num futuro mais sustentável.
A Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 podem ser não apenas marcos esportivos, mas servir de impulso ao desenvolvimento de uma nova consciência urbana, capaz de valorizar a qualidade de vida dos moradores das grandes cidades brasileiras.
O povo do Rio de Janeiro e o Brasil merecem mais. Merecem que o interesse público esteja acima de qualquer outro. Esse é o pódio que devemos buscar até 2016.
Marina Silva é professora de ensino médio, senadora (PV-AC) e ex-ministra do Meio Ambiente.
De Brasília (DF)
A escolha do Rio de Janeiro para ser a sede dos Jogos Olímpicos de 2016 é uma grande conquista e uma excelente oportunidade para a cidade e para o país. Apesar de algumas vozes dissonantes, tínhamos uma grande torcida. E o resultado veio em clima de final de Copa do Mundo.
Foi um grande feito, mesmo dando o devido desconto ao fato de que o Comitê Olímpico Internacional seguiu uma lógica política, ao promover a primeira Olimpíada na América do Sul.
A luta agora, na qual os governantes do Rio e o governo federal têm que demonstrar idêntica competência, é a da gestão da vitória, para que ela se materialize como um paradigma de bom uso dos recursos públicos, de capacidade de planejamento estratégico, com um olho no brilho olímpico e outro na chance histórica que tem a cidade do Rio de Janeiro de virar o jogo e se reinventar.
Muitas pessoas estão com o pé atrás, dada a experiência recente da realização dos Jogos Pan-americanos, do qual se esperava bem mais em termos de internalização de benefícios, tendo em vista o que se gastou.
Agora, já se fala em cerca de R$ 30 bilhões de investimentos para a Olimpíada. Não adianta desqualificar ou estigmatizar a desconfiança de parte da população, porque ela está escaldada e tem fundados motivos para o descrédito. Mas não se pode também jogar água fria na justa alegria carioca e brasileira.
A questão não é só preparar o Rio para receber milhares de visitantes e atletas, como se fosse um cenário que, acabada a festa, simplesmente é desmontado. Tem que ser, no seu conjunto, uma cidade diferente. E, para isso, o grande desafio está na atitude, tanto da sociedade quanto das autoridades.
É preciso exigir, desde o começo, transparência e circulação ampla e irrestrita de informações sobre os gastos e sobre a intervenção urbana planejada, nos seus vários aspectos.
E já surgem iniciativas nesse sentido no Twitter, por exemplo. Foi criado, por pessoas que torcem pela cidade e estão dispostas a acompanhar o cumprimento das promessas, o perfil fiscalizaRJ2016.
De edições anteriores, há bons exemplos a seguir. A Olimpíada de Barcelona, em 1992, foi um marco na vida daquela cidade, com resultados duradouros e extremamente positivos. Além de ter sido rentável, ao contrário de várias outras.
A Olimpíada de 2000, em Sydney, na Austrália, foi outro exemplo bonito. Foi a primeira a incluir medidas de redução de impacto ao meio ambiente como item indispensável na realização do evento. Um planejamento feito em conjunto com entidades e organizações ambientalistas.
Aqueles jogos se destacaram por levar em conta a economia de energia e de água e a redução de lixo e de emissões de gases poluentes. Os placares eletrônicos e os refletores que iluminavam a noite australiana, por exemplo, eram movidos a energia solar.
Também podemos inovar, criando soluções tecnológicas para tornar os jogos do Rio de Janeiro ainda mais verdes e educativos, criando um mercado de trabalho e uma economia com um pé num futuro mais sustentável.
A Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 podem ser não apenas marcos esportivos, mas servir de impulso ao desenvolvimento de uma nova consciência urbana, capaz de valorizar a qualidade de vida dos moradores das grandes cidades brasileiras.
O povo do Rio de Janeiro e o Brasil merecem mais. Merecem que o interesse público esteja acima de qualquer outro. Esse é o pódio que devemos buscar até 2016.
Marina Silva é professora de ensino médio, senadora (PV-AC) e ex-ministra do Meio Ambiente.
Fonte: Terra Magazine
Re: Marina Silva: Rio 2016 deve dar transparência aos gastos
É o mínimo que deveria acontecer. Não por mérito ou por bondade dos governantes, mas por obrigação e consideração com a população. Só que não vai, infelizmente. Mesmo que um ou outro dos governantes envolvidos se empenhem ao máximo para alcançar esse objetivo, sempre acontecem "fatos obscuros" no meio do caminho. E por experiências em governos anteriores, sabemos o resultado final dessa equação:A luta agora, na qual os governantes do Rio e o governo federal têm que demonstrar idêntica competência, é a da gestão da vitória, para que ela se materialize como um paradigma de bom uso dos recursos públicos, de capacidade de planejamento estratégico, com um olho no brilho olímpico e outro na chance histórica que tem a cidade do Rio de Janeiro de virar o jogo e se reinventar.
Grandes verbas disponíveis + Muitas pessoas envolvidas = Corrupção e desvio dos recursos públicos.
Porque haveria de ser diferente desta vez?
Também penso como a senadora Marina Silva. É uma pena que a maioria dos governantes não. Ou melhor: "Pensam" sim, quando estão em campanha política. Após serem eleitos, mudam de opinião da água para o vinho.O povo do Rio de Janeiro e o Brasil merecem mais. Merecem que o interesse público esteja acima de qualquer outro. Esse é o pódio que devemos buscar até 2016.
Torço sinceramente para que eu esteja errada em todas as minhas previsões. Só o tempo vai dizer.
Re: Marina Silva: Rio 2016 deve dar transparência aos gastos
Agora, já se fala em cerca de R$ 30 bilhões de investimentos para a Olimpíada. Não adianta desqualificar ou estigmatizar a desconfiança de parte da população, porque ela está escaldada e tem fundados motivos para o descrédito. Mas não se pode também jogar água fria na justa alegria carioca e brasileira.
Os motivos para desconfiança existem, mas podemos mudar isso, ou pelo menos tentarmos...
Também podemos inovar, criando soluções tecnológicas para tornar os jogos do Rio de Janeiro ainda mais verdes e educativos, criando um mercado de trabalho e uma economia com um pé num futuro mais sustentável.
A Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 podem ser não apenas marcos esportivos, mas servir de impulso ao desenvolvimento de uma nova consciência urbana, capaz de valorizar a qualidade de vida dos moradores das grandes cidades brasileiras.
O povo do Rio de Janeiro e o Brasil merecem mais. Merecem que o interesse público esteja acima de qualquer outro. Esse é o pódio que devemos buscar até 2016.
Concordo totalmente, Marina Silva ainda vai surpreender muita gente 'grande' e muita gente barabada!!!
Re: Marina Silva: Rio 2016 deve dar transparência aos gastos
Gostei das idéias da Marina Silva, que também se preocupa com a questão ambiental, estou pensando em votar nela para presidente, se for candidata.
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