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Condenado à morte resiste a 18 injeções letais
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Condenado à morte resiste a 18 injeções letais
Ele é acusado de estuprar e matar uma adolescente depois de um jogo de futebol americano.
Uma partida de futebol americano que jamais será esquecida. Era 18 de setembro de 1984: um jogo do time da escola Shaw, na cidade americana de Cleveland. Naquele dia, as arquibancadas estavam lotadas. Depois da partida, três adolescentes que assistiam ao jogo caminhavam juntas para casa quando foram abordadas por um homem. Uma delas foi colocada à força dentro do carro, estuprada e assassinada com sete facadas no pescoço.
Após 25 anos, em 15 de setembro, o prisioneiro de olhar distante acordou pensando que seria o último dia de sua vida. Na véspera, uma carta avisou que seu pedido de clemência tinha sido negado pelo governador do estado de Ohio. E Romell Broom foi trazido para a câmara de execução.
O relatório obtido pelo Fantástico registra tudo o que ele fez nos momentos que supostamente antecederiam a execução. Almoçou frango com batatas. Viu televisão. Recusou a visita de um religioso. Pediu para ligar para os advogados, perguntou sobre a possibilidade de novos recursos. Mas perdeu a esperança. Pouco antes das 14h, o prisioneiro deu 17 passos até a sala de execução e se deitou na cama.
As principais armas da acusação contra Romell Broom foram os depoimentos das duas testemunhas que estavam com a adolescente estuprada e morta em 1984. Naquela época não existia teste de DNA e a defesa questiona até hoje a validade do processo.
Broom se declara inocente. Naquele que seria seu último telefonema, ele disse a um irmão que já estava cansado depois de tantos anos na cadeia e que o melhor que poderia acontecer em sua vida é que ela acabasse o mais rapidamente possível. Mas o inesperado aconteceu.
Às 14h01, os funcionários da penitenciária fazem a primeira tentativa de injetar o coquetel da morte. Ao ver a dificuldade dos funcionários para encontrar uma veia, o prisioneiro ajuda, oferece o outro braço. Mas depois de várias tentativas, às 14h30, os funcionários param.
O prisioneiro sua frio, pede um copo d'água. O relatório registra a indecisão dos funcionários ao tentar injetar a agulha também nas pernas. E novamente no braço. O prisioneiro se desespera. Pelo vidro, as testemunhas percebem que algo está errado.
São feitas novas tentativas, ao todo 18 perfurações, e os funcionários já não sabem como injetar o coquetel da morte. Às 16h24, chega a notícia: o governador mandou adiar a execução.
Na cidade onde aconteceu o crime, a população se divide entre aqueles que exigem rigor e pressa no cumprimento da pena de morte e os que acreditam que uma nova tentativa de execução seria punição abusiva e cruel, mesmo se tratando de um homem acusado de estupro e assassinato.
É uma questão intrigante, que esbarra na Constituição dos Estados Unidos. Recentemente, por sete votos a dois, a Suprema Corte dos Estados Unidos concluiu que a injeção letal é uma forma humana de se matar um criminoso.
Na entrevista ao Fantástico, a advogada de defesa disse que o que aconteceu na câmara de execução foi tortura: "Entendo que houve uma violação da Constituição. A pena de morte deve ser executada de forma rápida e indolor. Claramente não foi isso o que aconteceu. A execução acabou se transformando em uma sessão de tortura", disse Adele Shank.
Foi a segunda vez na história recente dos Estados Unidos que um condenado escapou da pena de morte. Em 1946, um assassino de 17 anos resistiu a um choque de 2,5 mil volts na cadeira elétrica. E só foi morto um ano depois.
A repercussão do caso Broom levou o estado de Ohio a adiar duas execuções marcadas para este ano. No fim de novembro, o problema vai para Suprema Corte dos Estados Unidos.
Especialistas dizem que se o estado foi incompetente na tentativa de executar uma pena de morte, não é culpa do condenado. Por enquanto ninguém sabe o que fazer com o homem que resistiu à pena de morte.
Julie Walburn, a porta-voz do sistema penitenciário, disse que estão sendo analisadas formas alternativas de se injetar o coquetel e não descartou nenhuma possibilidade: "Todas as opções estão sobre a mesa", disse.
Enquanto isso, com o mandado de execução expirado, o homem acusado de estuprar e matar uma adolescente depois de um jogo de futebol americano pode ter a pena modificada e enfrentar a prisão perpétua. Talvez volte à câmara de execução. Mas se os advogados conseguirem uma grande jogada, pode ser até libertado.
Após 25 anos, em 15 de setembro, o prisioneiro de olhar distante acordou pensando que seria o último dia de sua vida. Na véspera, uma carta avisou que seu pedido de clemência tinha sido negado pelo governador do estado de Ohio. E Romell Broom foi trazido para a câmara de execução.
O relatório obtido pelo Fantástico registra tudo o que ele fez nos momentos que supostamente antecederiam a execução. Almoçou frango com batatas. Viu televisão. Recusou a visita de um religioso. Pediu para ligar para os advogados, perguntou sobre a possibilidade de novos recursos. Mas perdeu a esperança. Pouco antes das 14h, o prisioneiro deu 17 passos até a sala de execução e se deitou na cama.
As principais armas da acusação contra Romell Broom foram os depoimentos das duas testemunhas que estavam com a adolescente estuprada e morta em 1984. Naquela época não existia teste de DNA e a defesa questiona até hoje a validade do processo.
Broom se declara inocente. Naquele que seria seu último telefonema, ele disse a um irmão que já estava cansado depois de tantos anos na cadeia e que o melhor que poderia acontecer em sua vida é que ela acabasse o mais rapidamente possível. Mas o inesperado aconteceu.
Às 14h01, os funcionários da penitenciária fazem a primeira tentativa de injetar o coquetel da morte. Ao ver a dificuldade dos funcionários para encontrar uma veia, o prisioneiro ajuda, oferece o outro braço. Mas depois de várias tentativas, às 14h30, os funcionários param.
O prisioneiro sua frio, pede um copo d'água. O relatório registra a indecisão dos funcionários ao tentar injetar a agulha também nas pernas. E novamente no braço. O prisioneiro se desespera. Pelo vidro, as testemunhas percebem que algo está errado.
São feitas novas tentativas, ao todo 18 perfurações, e os funcionários já não sabem como injetar o coquetel da morte. Às 16h24, chega a notícia: o governador mandou adiar a execução.
Na cidade onde aconteceu o crime, a população se divide entre aqueles que exigem rigor e pressa no cumprimento da pena de morte e os que acreditam que uma nova tentativa de execução seria punição abusiva e cruel, mesmo se tratando de um homem acusado de estupro e assassinato.
É uma questão intrigante, que esbarra na Constituição dos Estados Unidos. Recentemente, por sete votos a dois, a Suprema Corte dos Estados Unidos concluiu que a injeção letal é uma forma humana de se matar um criminoso.
Na entrevista ao Fantástico, a advogada de defesa disse que o que aconteceu na câmara de execução foi tortura: "Entendo que houve uma violação da Constituição. A pena de morte deve ser executada de forma rápida e indolor. Claramente não foi isso o que aconteceu. A execução acabou se transformando em uma sessão de tortura", disse Adele Shank.
Foi a segunda vez na história recente dos Estados Unidos que um condenado escapou da pena de morte. Em 1946, um assassino de 17 anos resistiu a um choque de 2,5 mil volts na cadeira elétrica. E só foi morto um ano depois.
A repercussão do caso Broom levou o estado de Ohio a adiar duas execuções marcadas para este ano. No fim de novembro, o problema vai para Suprema Corte dos Estados Unidos.
Especialistas dizem que se o estado foi incompetente na tentativa de executar uma pena de morte, não é culpa do condenado. Por enquanto ninguém sabe o que fazer com o homem que resistiu à pena de morte.
Julie Walburn, a porta-voz do sistema penitenciário, disse que estão sendo analisadas formas alternativas de se injetar o coquetel e não descartou nenhuma possibilidade: "Todas as opções estão sobre a mesa", disse.
Enquanto isso, com o mandado de execução expirado, o homem acusado de estuprar e matar uma adolescente depois de um jogo de futebol americano pode ter a pena modificada e enfrentar a prisão perpétua. Talvez volte à câmara de execução. Mas se os advogados conseguirem uma grande jogada, pode ser até libertado.
Fonte: Globo
Re: Condenado à morte resiste a 18 injeções letais
Intrigante é pouco para esse caso...nossa!
Realmente a execução feriu a Constituição, eles deveriam ter parado na primeira aplicação e analisado o caso.
Apesar do crime hediondo, que supostamente, Romell Broom tenha cometido...não sou a favor da pena de morte.
Ele deveria cumprir prisão perpétua sob trabalhos forçados em prisão-penal agrícola.
Realmente a execução feriu a Constituição, eles deveriam ter parado na primeira aplicação e analisado o caso.
Apesar do crime hediondo, que supostamente, Romell Broom tenha cometido...não sou a favor da pena de morte.
Ele deveria cumprir prisão perpétua sob trabalhos forçados em prisão-penal agrícola.
Re: Condenado à morte resiste a 18 injeções letais
Sinistro. Será que não era pro cara morrer? Sou contra pena de morte de qualquer espécie, tem é que pôr caras como ele pra realizar trabalhos forçados.
Re: Condenado à morte resiste a 18 injeções letais
Que não era pra ele morrer, isso não era mesmo. Mas já pensou, também, na possiblidade dele ter que sofrer mais pelo que fez???
Fica aí a dúvida!
Fica aí a dúvida!
Re: Condenado à morte resiste a 18 injeções letais
Pois eu acho que estupradores e quaisquer outros criminosos que cometem crimes hediondos, deveriam ser sumariamente executados. Eles não tem a mínima compaixão por suas vítimas.
Porque eu deveria ter?
Porque eu deveria ter?
Re: Condenado à morte resiste a 18 injeções letais
Pois eu acho que estupradores e quaisquer outros criminosos que cometem crimes hediondos, deveriam ser sumariamente executados. Eles não tem a mínima compaixão por suas vítimas.
Porque eu deveria ter?
Não é questão de compaixão, mas de fazê-los pagar de alguma forma, e bem pesado. E como aqui não há pena de morte, e o sistema penitenciário é muito fraco, basta uns anos de bom comportamento e saem numa boa, como Guilherme de Padua e Paula Thomaz... aí fica difícil.....
Re: Condenado à morte resiste a 18 injeções letais
Por isso mesmo que eu sou radical neste ponto, Paulinho. No Brasil, criminoso nenhum paga nada, pelo contrário. Ficam comendo, bebendo e tirando "longas férias" às custas dos contribuintes.Paulo escreveu:Não é questão de compaixão, mas de fazê-los pagar de alguma forma, e bem pesado. E como aqui não há pena de morte, e o sistema penitenciário é muito fraco, basta uns anos de bom comportamento e saem numa boa, como Guilherme de Padua e Paula Thomaz... aí fica difícil.....
Só mesmo o Boris Casoy, para descrever este absurdo:
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