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Imagens do Rio Antigo
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Imagens do Rio Antigo
EDUARDO CAMÕES
Se existe algo que se aproxima da máquina do tempo, é a arte de Eduardo Camões, que reconstitui um Rio de Janeiro que já não existe mais. Na Introdução ao belo livro de Camões Rio Antigo — Old Rio, Ivan Horácio Costa conta como foi que o pintor (que fizera incursões pelas marinhas, pelo hiper-realismo etc.) resolveu dedicar-se ao tema do Rio de outrora: "Em uma livraria de Brasília, tipo ‘sebo’, descobre alguns livros antigos sobre o Rio de Janeiro e, estranhamente, sente saudades, não só do mar e nem só do Rio, mas de toda uma nostálgica época passada que lhe parece inteiramente familiar! Toma, então, a resolução de voltar para o Rio e registrar, através de sua pintura, as imagens que seus bisavós, avós e pais haviam conhecido..."
Conheça melhor esse notável retratista do Rio Antigo visitando o seu site
Aqueduto da Carioca em 1875
Ipanema, Leblon e Lagoa em 1904
Rua Jardim Botânico em 1880
Lagoa em 1871
Enseada de Botafogo em 1820
AUGUSTO MALTA
Augusto César Malta de Campos (1864-1957) foi fotógrafo oficial da Prefeitura do então Distrito Federal, nomeado por Pereira Passos.
De 1903 a 1936, documentou um período de notáveis transformações urbanísticas e arquitetônicas na cidade, acompanhando as grandes remodelações do Rio de Janeiro de seu tempo, como o desmonte do Morro do Castelo, a abertura da Av. Central, a Exposição Nacional de 1908 e a Exposição Internacional de 1922, em comemoração ao Centenário da Independência do Brasil.
Malta também registrou a execução e a inauguração de obras públicas, monumentos, prédios históricos, carnavais antigos, os corsos e as batalhas de flores, flagrantes do momento, o surgimento das favelas, notícias e acontecimentos da época, em obra de inestimável valor histórico para a preservação da memória da cidade. (Texto obtido no site do Museu da Imagem e do Som. Uma dica: para ler a matéria da Veja-Rio de 20/5/09 sobre o livro Augusto Malta e o Rio de Janeiro clique aqui.)
Aqueduto da Carioca
Bairro da Glória. Observe o relógio da Glória, estátua de Pedro Álvares
Cabral, chaminé da City (esquerda), Igreja da Glória e o Pão de Açúcar ao fundo.
Morro do Castelo, já demolido (no seu lugar estende-se
a Esplanada do Castelo, repleta de prédios)
Vista aérea em 1906.
Trecho da rua dos Ourives (atual Miguel Couto) entre a rua da Alfândega
e do Hospício (atual Buenos Aires).
Avenida Rio Branco.
Quiosque na rua Frei Caneca (1906).
Avenida Delfim Moreira (Praia do Leblon) em 1919.
MARC FERREZ
Marc Ferrez nasceu no Rio de Janeiro em 1843, apenas quatro anos após a fotografia ser inventada oficialmente por Louis Daguerre, na França. No início da década de 1860 começou a fotografar. Em 1867, abriu seu próprio estabelecimento, no Rio. Em 1870, se tornou fotógrafo da Marinha Imperial.
A produção de Ferrez se torna histórica e mais intensa a partir de 1875, quando passa a trabalhar na Comissão Geológica do Império, o que o leva a viajar pelo Brasil. Ferrez constitui a partir daí o acervo mais rico de imagens do Brasil, sem paralelo com outros fotógrafos. (Eder Chiodetto, Folha de São Paulo de 13/11/2006.)
Aqueduto da Carioca transformado em viaduto para bondes, foto de 1896
Botafogo na década de 1870 (observe o Corcovado ao fundo, sem o Cristo!)
Escola Militar da Praia Vermelha e Pão de Açúcar
(sem o bondinho!) em torno de 1885
Real Gabinete Português de Leitura (existente até hoje)
em 1895 com o bonde puxado a burro em frente
Largo do Humaitá em 1895 (hoje cheio de prédios)
Igreja da Ordem Terceira de N. S. do Carmo na atual Praça XV
(foto de 1870); ao lado a Igreja de N. S. do Carmo da Antiga Sé ainda sem
a torre alta acrescida em 1905 e mais ao fundo o Convento do Carmo.
FAMÍLIA FERREZ
Ícone da fotografia nacional, Marc Ferrez (1843-1923) deixou um legado de belíssimos retratos do Brasil. Sua obra foi continuada pelos filhos Luciano (1884-1955) e Júlio (1881-1946) e pelo neto Gilberto (1908-2000), numa produção que resultou em 8 000 negativos doados pela família ao Arquivo Nacional. Parte desse patrimônio foi exposto no Centro Cultural Banco do Brasil no início de 2008. As fotos a seguir foram dessa exposição.
Luciano Ferrez: Ressaca na Praia da Glória (praia esta que, com o
Aterro do Flamengo, deixou de existir)
Luciano Ferrez: Praia de Ipanema em 1945
Luciano Ferrez: Lapa vista do Morro de Santo Antônio
Luciano Ferrez: Cinelândia (observe o Palácio Monroe ao fundo)
Júlio Ferrez: Pedra do Arpoador em 1918
Júlio Ferrez: Desmonte do Morro do Castelo. Observe a Igreja de Santa Luzia,
que existe até hoje, mas longe, bem longe do mar!
GEORGES LEUZINGER
Durante a década de 1860, este suíço radicado na capital do Império desde 1832 realizou um trabalho sistemático de documentação fotográfica do Rio de Janeiro. Incluindo cenas urbanas, vistas de Niterói, da Serra dos Órgãos e de Teresópolis, suas paisagens e panoramas surgiam apenas duas décadas depois da invenção da daguerreotipia — fazendo do artista não apenas um dos pioneiros dessa atividade no Brasil, ao lado de Augusto Stahl, Revert Henry Klumb e, mais tarde, Marc Ferrez, mas um de seus grandes inovadores no século XIX. (Texto extraído do folheto da exposição "Georges Leuzinger: Um pioneiro do século XIX".)
Chafariz do Mestre Valentim e (ao fundo, da esquerda para a direita)
Convento do Carmo, Igreja de N. S. do Carmo e Igreja de N.S. do Carmo da Antiga Sé,
ainda existentes na atual Praça 15 de Novembro
Lagoa Rodrigo de Freitas e (ao fundo, da esquerda para a direita) Morro Dois Irmãos,
Pedra da Gávea e outras montanhas, em torno de 1866
Dedo de Deus, Teresópolis
Igreja de Santa Luzia, Rio de Janeiro, em torno de 1865 (atualmente situada na
Avenida Presidente Antônio Carlos, a igreja ficou distante do mar)
Fonte: Literatura & Rio de Janeiro
Re: Imagens do Rio Antigo
Lili, fez um excelente trabalho nesse tópico, as fotos são belas, textos interessantes.
Re: Imagens do Rio Antigo
Obrigada, Paulinho! Mas neste caso, o mérito principal pertence ao Ivo Korytowski, dono do blog que é a fonte deste tópico. Ele fez um trabalho primoroso! Eu só fiz transpor para o fórum, o que ele fez por lá.Paulo escreveu:Lili, fez um excelente trabalho nesse tópico, as fotos são belas, textos interessantes.
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