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Pão de Açúcar anuncia fusão com as Casas Bahia
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Pão de Açúcar anuncia fusão com as Casas Bahia
Nova rede pretende consolidar liderança isolada no varejo
Letícia Casado, Do R7
Com a compra das Casas Bahia, uma nova empresa com 1.015 lojas será criada
Foto por Reuters
O Grupo Pão de Açúcar e as Casas Bahia fecharam negociação e serão uma empresa só. O veículo utilizado pelo grupo Pão de Açúcar para comprar as Casas Bahia foi a Globex, controladora do Ponto Frio, recentemente adquirida pelo Pão de Açúcar. A nova empresa, resultado da fusão, terá um faturamento de aproximadamente R$ 40 bilhões, com base nos balanços das Casas Bahia e do Pão de Açucar de 2008. O valor do negócio ainda não foi divulgado.
No comunicado distribuído à imprensa, Michel Klein, diretor-executivo das Casas Bahia, afirmou que os dois grupos fizeram uma "associação", que na prática significa uma fusão entre as empresas. O R7 apurou que a divulgação da união iria ser feita neste sábado (5), mas que foi antecipada em virtude do vazamento da informação pela imprensa. O acordo foi assinado nesta sexta-feira (4), por Abílio Diniz, CEO do Grupo Pão de Açucar, e Michel Klein, diretor-executivo e filho do fundador das Casas Bahia, Samuel Klein.
- Os dois grupos firmaram um acordo de associação que visa a integração dos negócios no setor de varejo de bens duráveis. Essa associação é para unir as operações do Ponto Frio [Globex], Casas Bahia e Extra Eletro [Grupo Pão de Açucar] sob o controle de única sociedade que permitirá as empresas capturarem sinergia e oferecer benefícios ao consumidor.
Com a união, a marca Extra Eletro deve desaparecer, segundo Claudio Galeazzi, presidente da CDB (Companhia Brasileira de Distribuição). Ele afirma que como o Extra Eletro é a menor das operações do grupo, a empresa deve ser transformada nas Casas Bahia ou Ponto Frio para que as operações não fiquem "pulverizadas", ou seja, separadas. Na prática, não há lucro para a empresa vender o mesmo produto dentro de várias empresas do mesmo grupo.
A fusão deve atingir também lojas das Casas Bahia e Ponto Frio que estiverem em uma mesma localidade. Por exemplo, se uma loja das Casas Bahia estiver na mesma rua ou no mesmo bairro de uma do Ponto Frio, uma das duas fecha as portas. Cerca de cem lojas que estão nesta situação irão passar por uma avaliação dos executivos. A expectativa é que algumas lojas sejam fechadas ou terem o nome mudado, em Ponto Frio ou Casas Bahia.
Segundo Klein, os benefícios da fusão serão usados para "fortalecer o Pão de Açucar e transferir os benfeficios aos clientes". A nova empresa terá 1.015 lojas e vai chegar a 337 municípios brasileiros, em 18 Estados e no Distrito Federal. O número de funcionários chegará a 78 mil colaboradores e serão 43 centros de distribuição. Ao comprar as Casas Bahias, o Pão de Açucar assumiu a dívida de R$ 950 milhões das Casas Bahia e a carteira de crédito dos clientes de R$ 1 bilhão.
Reestruturações organizacionais também estão inclusas nos planos da nova empresa, segundo o empresário do Grupo Pão de Açucar, Abílio Diniz. A aprovação do negócio, no entanto, espera aprovação da Assembleia Geral da CBD (Companhia Brasileira de Distribuição), que controla o Pão de Açucar, e também deve passar pelo crivo do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Diniz afirmou que a assembleia será realizada dia 11 de janeiro e que, depois disso, a integração pode levar 120 dias. O executivo afirmou que foi ele quem procurou Michel Klein para fechar o negócio. O neto de Samuel, Raphael Klein, será o diretor da nova empresa.
Nova empresa
A nova empresa que surgirá com a fusão pretende consolidar a liderança isolada no setor do varejo de bens duráveis e de comércio eletrônico. Na fusão, a Globex, que pertence ao Pão de Açucar, terá 51% das ações ordinárias, enquanto as Casas Bahia será titular de 47,8% das ações ordinárias e 2,2% das preferenciais, que serão conversíveis em ações ordinárias ou resgatáveis. A intenção das empresas é que Casas Bahia atinja participação de 49% no capital votante da Globex.
O Cade (Conselho Administrativo de Fusão Econômica) tem até 120 dias para aprovar a fusão. Abílio Diniz afirma "não temer" a incorporação das Casas Bahia e afirma que a nova empresa terá somente 20% do mercado.
- Estamos muito tranquilos. São mil lojas [juntando Ponto Frio,Pão de Açucar e Casas Bahia no mercado de 20 mi. Mesmo assim, os advogados da empresa seguirão com as medidas necessárias no acompanhamento do caso.
Em junho, o Grupo Pão de Açúcar comprou a rede Ponto Frio. Na época, o Ponto Frio faturava R$ 4,8 bilhões ao ano e possuía 455 lojas distribuídas por dez Estados e Distrito Federal, que foram incluídas no negócio, assim como os centros de distribuição e a loja pela internet.
Bolsa
Na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), as ações PNA do Pão de Açúcar registram forte alta de 8,50%, negociadas a R$ 61,79, após o anúncio da fusão. As ações da Globex, comprada recentemente pelo Pão de Açucar, ficaram em leilão por mais de uma hora e abriram em forte alta. Por volta das 12h30, os papéis disparavam 23,40%, para R$ 17,88. O volume negociado era de R$ 3,69 milhões, mais que o triplo de ontem, quando a ação disparou 35%, provavelmente por conta de investidores que já desconfiavam da operação.
A principal "vítima" do negócio é B2W - empresa de comércio eletrônico resultado da fusão entre Submarino e Americanas.com. Os papéis da companhia recuam 5,02% e lideram as quedas do Ibovespa, enquanto Lojas Americanas PN cai 2,00%. O acordo entre as redes anunciado hoje prevê a consolidação dos negócios de comércio eletrônico de bens duráveis - hoje explorados por Globex, Casas Bahia e Pão de Açúcar - em uma nova pontocom. "A união torna ainda mais difícil a concorrência para a B2W", avalia uma fonte de mercado.
Fonte: R7 - Economia
Letícia Casado, Do R7
Com a compra das Casas Bahia, uma nova empresa com 1.015 lojas será criada
Foto por Reuters
O Grupo Pão de Açúcar e as Casas Bahia fecharam negociação e serão uma empresa só. O veículo utilizado pelo grupo Pão de Açúcar para comprar as Casas Bahia foi a Globex, controladora do Ponto Frio, recentemente adquirida pelo Pão de Açúcar. A nova empresa, resultado da fusão, terá um faturamento de aproximadamente R$ 40 bilhões, com base nos balanços das Casas Bahia e do Pão de Açucar de 2008. O valor do negócio ainda não foi divulgado.
No comunicado distribuído à imprensa, Michel Klein, diretor-executivo das Casas Bahia, afirmou que os dois grupos fizeram uma "associação", que na prática significa uma fusão entre as empresas. O R7 apurou que a divulgação da união iria ser feita neste sábado (5), mas que foi antecipada em virtude do vazamento da informação pela imprensa. O acordo foi assinado nesta sexta-feira (4), por Abílio Diniz, CEO do Grupo Pão de Açucar, e Michel Klein, diretor-executivo e filho do fundador das Casas Bahia, Samuel Klein.
- Os dois grupos firmaram um acordo de associação que visa a integração dos negócios no setor de varejo de bens duráveis. Essa associação é para unir as operações do Ponto Frio [Globex], Casas Bahia e Extra Eletro [Grupo Pão de Açucar] sob o controle de única sociedade que permitirá as empresas capturarem sinergia e oferecer benefícios ao consumidor.
Com a união, a marca Extra Eletro deve desaparecer, segundo Claudio Galeazzi, presidente da CDB (Companhia Brasileira de Distribuição). Ele afirma que como o Extra Eletro é a menor das operações do grupo, a empresa deve ser transformada nas Casas Bahia ou Ponto Frio para que as operações não fiquem "pulverizadas", ou seja, separadas. Na prática, não há lucro para a empresa vender o mesmo produto dentro de várias empresas do mesmo grupo.
A fusão deve atingir também lojas das Casas Bahia e Ponto Frio que estiverem em uma mesma localidade. Por exemplo, se uma loja das Casas Bahia estiver na mesma rua ou no mesmo bairro de uma do Ponto Frio, uma das duas fecha as portas. Cerca de cem lojas que estão nesta situação irão passar por uma avaliação dos executivos. A expectativa é que algumas lojas sejam fechadas ou terem o nome mudado, em Ponto Frio ou Casas Bahia.
Segundo Klein, os benefícios da fusão serão usados para "fortalecer o Pão de Açucar e transferir os benfeficios aos clientes". A nova empresa terá 1.015 lojas e vai chegar a 337 municípios brasileiros, em 18 Estados e no Distrito Federal. O número de funcionários chegará a 78 mil colaboradores e serão 43 centros de distribuição. Ao comprar as Casas Bahias, o Pão de Açucar assumiu a dívida de R$ 950 milhões das Casas Bahia e a carteira de crédito dos clientes de R$ 1 bilhão.
Reestruturações organizacionais também estão inclusas nos planos da nova empresa, segundo o empresário do Grupo Pão de Açucar, Abílio Diniz. A aprovação do negócio, no entanto, espera aprovação da Assembleia Geral da CBD (Companhia Brasileira de Distribuição), que controla o Pão de Açucar, e também deve passar pelo crivo do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Diniz afirmou que a assembleia será realizada dia 11 de janeiro e que, depois disso, a integração pode levar 120 dias. O executivo afirmou que foi ele quem procurou Michel Klein para fechar o negócio. O neto de Samuel, Raphael Klein, será o diretor da nova empresa.
Nova empresa
A nova empresa que surgirá com a fusão pretende consolidar a liderança isolada no setor do varejo de bens duráveis e de comércio eletrônico. Na fusão, a Globex, que pertence ao Pão de Açucar, terá 51% das ações ordinárias, enquanto as Casas Bahia será titular de 47,8% das ações ordinárias e 2,2% das preferenciais, que serão conversíveis em ações ordinárias ou resgatáveis. A intenção das empresas é que Casas Bahia atinja participação de 49% no capital votante da Globex.
O Cade (Conselho Administrativo de Fusão Econômica) tem até 120 dias para aprovar a fusão. Abílio Diniz afirma "não temer" a incorporação das Casas Bahia e afirma que a nova empresa terá somente 20% do mercado.
- Estamos muito tranquilos. São mil lojas [juntando Ponto Frio,Pão de Açucar e Casas Bahia no mercado de 20 mi. Mesmo assim, os advogados da empresa seguirão com as medidas necessárias no acompanhamento do caso.
Em junho, o Grupo Pão de Açúcar comprou a rede Ponto Frio. Na época, o Ponto Frio faturava R$ 4,8 bilhões ao ano e possuía 455 lojas distribuídas por dez Estados e Distrito Federal, que foram incluídas no negócio, assim como os centros de distribuição e a loja pela internet.
Bolsa
Na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), as ações PNA do Pão de Açúcar registram forte alta de 8,50%, negociadas a R$ 61,79, após o anúncio da fusão. As ações da Globex, comprada recentemente pelo Pão de Açucar, ficaram em leilão por mais de uma hora e abriram em forte alta. Por volta das 12h30, os papéis disparavam 23,40%, para R$ 17,88. O volume negociado era de R$ 3,69 milhões, mais que o triplo de ontem, quando a ação disparou 35%, provavelmente por conta de investidores que já desconfiavam da operação.
A principal "vítima" do negócio é B2W - empresa de comércio eletrônico resultado da fusão entre Submarino e Americanas.com. Os papéis da companhia recuam 5,02% e lideram as quedas do Ibovespa, enquanto Lojas Americanas PN cai 2,00%. O acordo entre as redes anunciado hoje prevê a consolidação dos negócios de comércio eletrônico de bens duráveis - hoje explorados por Globex, Casas Bahia e Pão de Açúcar - em uma nova pontocom. "A união torna ainda mais difícil a concorrência para a B2W", avalia uma fonte de mercado.
Fonte: R7 - Economia
Fusão entre Pão de Açúcar e Casas Bahia pode beneficiar consumidores
Aproximação dos centros de distribuição do consumidor final pode baratear preços
Raphael Hakime, do R7
O Grupo Pão de Açúcar anunciou a compra das Casas Bahia nesta sexta-feira (4). Apesar de ainda depender da aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), a aprovação do negócio não deve encontrar barreiras – apenas restrições.
Para o economista e professor da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Frederico Turolla, a união das duas empresas possui dois lados interessantes.
- O segmento de varejo precisa passar por uma consolidação, porque a concorrência [do setor] é apertada e a internet é um grande concorrente por causa do seu largo alcance.
Ao mesmo tempo, existe a preocupação com a concorrência, o que afeta diretamente o consumidor. De acordo com o especialista, “cabe ao Cade decidir, mas provavelmente a instituição não vai barrar o negócio e só deve impor algumas condições”.
Apesar da desconfiança do mercado, Turolla aposta que a fusão será benéfica ao consumidor final porque deve ocorrer uma ampliação do número de lojas.
- O consumidor pode ganhar com isso porque, com mais centros de distribuição [espalhados pelo país] e com o barateamento de custos com logística, as grandes empresas varejistas podem oferecer preços mais em conta.
Fonte: R7 - Economia
Raphael Hakime, do R7
O Grupo Pão de Açúcar anunciou a compra das Casas Bahia nesta sexta-feira (4). Apesar de ainda depender da aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), a aprovação do negócio não deve encontrar barreiras – apenas restrições.
Para o economista e professor da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Frederico Turolla, a união das duas empresas possui dois lados interessantes.
- O segmento de varejo precisa passar por uma consolidação, porque a concorrência [do setor] é apertada e a internet é um grande concorrente por causa do seu largo alcance.
Ao mesmo tempo, existe a preocupação com a concorrência, o que afeta diretamente o consumidor. De acordo com o especialista, “cabe ao Cade decidir, mas provavelmente a instituição não vai barrar o negócio e só deve impor algumas condições”.
Apesar da desconfiança do mercado, Turolla aposta que a fusão será benéfica ao consumidor final porque deve ocorrer uma ampliação do número de lojas.
- O consumidor pode ganhar com isso porque, com mais centros de distribuição [espalhados pelo país] e com o barateamento de custos com logística, as grandes empresas varejistas podem oferecer preços mais em conta.
Fonte: R7 - Economia
Só acredito vendo! Tomara que o consumidor seja verdadeiramente beneficiado, pois até o momento, essa negociação me cheira a monopólio. E dos grandes!
Re: Pão de Açúcar anuncia fusão com as Casas Bahia
Não creio que a fusão seja benéfica para nós, os consumidores, pois cai a opção de escolher o que for mais conveniente ao nosso bolso.
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