IMPOSTOS, PANETONES E O JEITO PETISTA DE FAZER AS COISAS.

Todos sabemos que o Brasil é um dos países que possui a carga tributária mais pesada do mundo. Basta dizer que, se você não é um político, trabalhou quase quatro meses deste ano apenas para pagar impostos. Foram esses impostos que partiram daqui para gerar empregos e sustentar os governos “amigos” do Paraguai, Bolívia, Equador e Venezuela. Se você não sabe, é o Brasil que banca os projetos sociais e alguns projetos produtivos desses países. A tão sonhada e idolatrada “bolivarização” da democracia por lá; baniu empresários e investidores. Além disso os governos desses países teriam ruído se o Brasil não financiasse (a fundo perdido) inúmeras benesses que esses presidentes “bolivarianos” despejam em seus eleitores. Hoje você paga por um volume elevado de gás boliviano do qual não precisa e muito mais do que deveria pela energia elétrica.

Como se já não estivessem satisfeitos em engordar as meias; as cuecas; as contas bancárias na Suíça e em inúmeros paraísos fiscais, o pessoal do PT quer calar ou determinar o que você vai ver na televisão, ler no jornal, e por onde poderá navegar na Internet. É justamente disso que trata a tal conferência de comunicação promovida pelo partido e, da qual, estranhamente nenhuma entidade ligada ao setor participa (a não ser o sindicato e a federação dos jornalistas).

O jeito petista começa bem cedo, já na convenção onde petista morto vota. Ainda não satisfeito de voltar do túmulo para votar, o petista fraudou mais uma vez a eleição e votou duas vezes (aqui). Depois, o hábito passa para a juventude e as fraudes continuam sendo descobertas (aqui). Não satisfeitos, mesmo quando levam a melhor e se elegem para o cargo de presidente de qualquer coisa, gostam tanto que continuam praticando tudo o que aprenderam e criam até urnas com fundo falso para facilitar as coisas e tentar se eternizar (aqui).

Infelizmente a frase jeito petista de fazer as coisas é muito mais uma questão de se usar a “bola da vez” do que propriamente estabelecer uma crítica única ao PT. Pois, como vemos pela história recente de nosso país, não há “guardiões da moral” e nenhum partido pode levantar a mão contra o outro sem explodir os seus próprios telhados. Basta lembrar que o PT, o PSDB e agora o DEM compartilharam a mesma experiência com os mensalões, as cuecas e as meias. Em matéria de “guardar a moral”, nem o próprio eleitor pode levantar essa bandeira. Afinal de contas, é dele a maior parte da culpa pelos andar das coisas na política brasileira. Pois, nenhum dos políticos que hoje (e no passado) são reconhecidamente corruptos; foram eleitos à força ou estão no congresso com a ajuda das armas. Foi você, eleitor, que reelegeu os mensaleiros e muitos dos que adoram comprar panetones suíços, por mais de uma vez. Basta dizer que Maluf foi o um dos deputados mais votados do país. Dizer mais o que?

Mas, depois disso tudo, voltamos ao “jeito petista” e a conferência de comunicação. Como só as entidades sociais ligadas ao PT (e fartamente remuneradas por ele) estiveram por lá; uma das decisões “preciosas” tomadas foi um aumento geral de impostos para quem acessa Internet, vê televisão ou lê jornais, revistas e livros e a criação de novos tributos sobre essas áreas da comunicação se ainda não existirem. Não é ótimo? Segundo os “gênios”, esses impostos seriam revertidos para produções nacionais (já não há a lei Rouanet para isso?) e para entidades sociais ligadas a comunicação e a cultura (ou seja: para elas. O que explica tudo). Além disso, os impostos funcionariam como uma forma de punir os “ricos” que comprarem produtos eletrônicos como aparelhos de televisão maiores do que 29 polegadas (sic).

Vendo coisas como essas; fico estarrecido com o nível desse pessoal. Ao determinar que a compra de uma televisão de tela grande (40 polegadas, por exemplo); a leitura de revistas, de jornais ou de livros; o acesso a Internet e ter acesso a Tv a cabo significam que você é “rico” e que deve ser “punido” por isso; acaba por me fazer imaginar no que esse pessoal pensa ao esmagar o contribuinte, com mais impostos, numa terra onde a corrupção impera e os serviços públicos são sinônimo de mal atendimento e desperdício. Também foram propostas a criação de organismos para monitorar o que é publicado, divulgado ou lançado na Internet ou em qualquer outro meio de comunicação. O que, claramente, determina o poder total do Estado sobre tudo o que é feito nessa área em nosso país (a exemplo do que foi feito na Venezuela).

Mas, aí me lembro da velha união Soviética; de Cuba e de outros países governados por esse pensamento “pobres versus ricos” que, na realidade, esconde apenas a inacreditável ganância que esse pessoal tem. Afinal, nesses países onde “o povo” e o “proletariado” são importantes; o povo está reduzido à miséria quase absoluta e as elites partidárias e as entidades que mantém o partido nada em posses, em mordomias e em muito dinheiro. Tudo no mais belo e puro estilo capitalista voraz.

E o que a tal conferência demonstrou com toda clareza é que esse é o plano para o Brasil. Tornar o povo miserável e dependente do partido e elevar as elites partidárias e seus serviçais ao supra-sumo da riqueza e do poder.