Justiça concede liberdade para médico Abdelmassih

Ele foi acusado pelo Ministério Público por crimes de estupro contra 56 mullheres

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, concedeu liberdade ao médico Roger Abdelmassih, que pediu nesta terça-feira a revogação de sua prisão preventiva por meio do habeas corpus . Ele foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por crimes de estupro praticados contra 56 mulheres.


Abdelmassih, um dos mais famosos especialistas em reprodução assistida do país, está preso na cadeia de Tremembé (a 147 km da capital paulista desde 17 de agosto, quando foi decretada a prisão preventiva dele. Ele deve ser liberado até esta quinta-feira (24). Segundo o advogado José Luiz de Oliveira, a liberação depende do alvará de soltura, que ainda não chegou a São Paulo.

No pedido de habeas corpus enviada nesta terça-feira defesa dele alegou que “não há qualquer indício de que a liberdade do médico afronte a ordem pública”. Os advogados acrescentaram ainda que o principal argumento para a prisão, o de oferecer riscos a futuros pacientes, foi superado porque o registro profissional de Abdelmassih foi cassado pelo Conselho Regional de Medicina.
Em seu parecer, o ministro Gilmar Mendes acatou a defesa dos advogados do médicos e afirmou que "o argumento de que, em liberdade, poderia o paciente [Roger Abdelmassih] voltar a cometer a mesma espécie de delite em sua atividade profissional" é mera especulação, "sem mínima base fática". Além disso, disse ele, a prisão preventiva de Abdelmassih releva, na verdade, "mero intento de antecipação de pena".