Saiba o que não pode faltar nos banquetes que Lula oferece aos chefes de Estado em visita ao Brasil

Em visita ao país, Cristina traz sua própria água mineral e à mesa não dispensa pães cortados em triângulo

Os almoços e jantares que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva oferece aos chefes de Estado que visitam ao país exigem cuidado rigoroso e devem seguir padrões de segurança para que nada saia errado.

Há mais de dez anos, quem cuida do buffet das cerimônias oficiais do Itamaraty é o Di Gagliardi, em Brasília, sob a tutela do chef Zenivaldo de Almeida, mais conhecido como “Padre”. É ele quem prepara as principais iguarias para agradar o paladar dos estrangeiros, e é claro, de Lula e da primeira-dama Marisa Letícia.

Assim como os artistas que vêm fazer shows e se apresentar no país, os políticos também têm suas exigências. A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, por exemplo, faz questão de ter à mesa pães cortados em triângulo e levemente tostados. Ela também traz a sua própria água mineral em visita ao país.

Em todas as visitas ao país, os assessores de Cristina ficam atentos a todos os detalhes e, certa vez, em visita ao Palácio dos Bandeirantes, até uma cadeira onde ela se sentou teve de ser cuidadosamente escolhida para que não mostrasse “nada a mais” do seu figurino que incluía uma saia. Prato preferido? Atum com salada de legumes.
As exigências do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, em visita ao país são religiosas. Muçulmano, ele só come alimentos “puros” (comida halal). Isso significa que as carnes servidas a Ahmadiinejad devem ser abatidas da forma que Deus ensinou: derramando todo o sangue e dizendo o nome de Deus, por exemplo. No Islã, o abate é halal se o abatedor for muçulmano, judeu ou cristão.

Pelo fato de os muçulmanos não consumirem bebidas alcoólicas, durante a cerimônia oficial do presidente do Irã com Lula, não houve brinde para saudar a visita.

No caso do presidente de Israel, Shimon Peres, as restrições religiosas proíbem, por exemplo, carne de porco, para a alimentação “kasher”. As carnes devem passar por um ritual que consiste em ter um rabino espiritualizado, o “shochet”, encarregado do golpe mortal. Há restrições também a animais como porco, camelo, jumento, lebre, coelho, lagarto, crustáceos (lagosta, camarão, siri), ostras, cação, lula, aves de rapina e insetos.