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Planta usada para chá pode virar 1º quimioterápico brasileiro
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Planta usada para chá pode virar 1º quimioterápico brasileiro
Uma planta usada tradicionalmente em chás medicinais e nas populares "garrafadas" (bebida que reúne várias ervas) está sendo testada no tratamento do câncer. Estudos iniciais desenvolvidos no Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, em São Paulo, mostram que ela conseguiu estabilizar o quadro clínico de uma doente terminal e que também foi eficaz no alívio das dores.
Encontrada no Norte e no Nordeste do país, a avelós (Euphorbia tirucalli) produz uma seiva semelhante ao látex, que é muita tóxica e cáustica. Se cai nos olhos, pode cegar.
O primeiro passo dos pesquisadores foi então isolar apenas as substâncias benéficas da planta e transformá-las em uma pílula, chamada de AM10.
Se a eficácia da droga for comprovada nos próximos estudos, ela poderá se transformar no primeiro medicamento oncológico nacional.
Tudo começou há seis anos, quando o empresário nordestino Everaldo Telles viu um parente melhorar após usar a planta para tratar um câncer. Ele decidiu investir em pesquisas e, com o farmacêutico Luiz Pianowski, iniciou a fase pré-clínica (testes em células de cultura e animais).
"Nos testes in vitro e com animais a droga funcionou bem contra as células de tumores", afirma Pianowski. Nessa fase, os estudos foram feitos na Universidade Federal do Ceará e na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
O Einstein entrou na história há um ano, na fase 1 da pesquisa clínica. A droga foi testada em sete pacientes oncológicos terminais, que já haviam recebido todo tipo de tratamento disponível sem obter resposta.
O intuito do estudo foi descobrir a dose máxima da substância tolerada pelo organismo, não de medir sua eficácia.
Ainda assim, uma paciente do grupo de estudo, com câncer metastático, teve a doença estabilizada. "Não sabemos se isso ocorreu por causa da droga ou porque a doença é de progressão lenta", diz o médico Auro Del Giglio, gerente da oncologia no Einstein e um dos coordenadores da pesquisa.
Os outros pacientes tratados com avelós relataram melhora da dor. "Talvez a droga seja um bom analgésico, e não um anticancerígeno. Pesquisas desse tipo geram muita expectativa."
Del Giglio diz que as pessoas não devem usar a planta inadvertidamente. "O látex é extremamente tóxico."
A fase 2 da pesquisa avaliará 40 pacientes oncológicos de outras cinco instituições, entre elas o Instituto Arnaldo Vieira de Carvalho e a Faculdade de Medicina do ABC. Será testada a atividade do princípio ativo nas células tumorais.
A avelós causa um processo chamado de apoptose celular, uma espécie de suicídio das células. Purificada, ela age inibindo enzimas relacionadas à multiplicação dos tumores.
Segundo Pianowski, há diversos relatos de pessoas com câncer, que estavam desenganadas pelos médicos e que se curaram após usarem a planta.
"Não esperamos que ela cure todos os tipos de câncer. Mas certamente será eficaz para diversos deles. Várias drogas oncológicas começaram assim."
Encontrada no Norte e no Nordeste do país, a avelós (Euphorbia tirucalli) produz uma seiva semelhante ao látex, que é muita tóxica e cáustica. Se cai nos olhos, pode cegar.
O primeiro passo dos pesquisadores foi então isolar apenas as substâncias benéficas da planta e transformá-las em uma pílula, chamada de AM10.
Se a eficácia da droga for comprovada nos próximos estudos, ela poderá se transformar no primeiro medicamento oncológico nacional.
Tudo começou há seis anos, quando o empresário nordestino Everaldo Telles viu um parente melhorar após usar a planta para tratar um câncer. Ele decidiu investir em pesquisas e, com o farmacêutico Luiz Pianowski, iniciou a fase pré-clínica (testes em células de cultura e animais).
"Nos testes in vitro e com animais a droga funcionou bem contra as células de tumores", afirma Pianowski. Nessa fase, os estudos foram feitos na Universidade Federal do Ceará e na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
O Einstein entrou na história há um ano, na fase 1 da pesquisa clínica. A droga foi testada em sete pacientes oncológicos terminais, que já haviam recebido todo tipo de tratamento disponível sem obter resposta.
O intuito do estudo foi descobrir a dose máxima da substância tolerada pelo organismo, não de medir sua eficácia.
Ainda assim, uma paciente do grupo de estudo, com câncer metastático, teve a doença estabilizada. "Não sabemos se isso ocorreu por causa da droga ou porque a doença é de progressão lenta", diz o médico Auro Del Giglio, gerente da oncologia no Einstein e um dos coordenadores da pesquisa.
Os outros pacientes tratados com avelós relataram melhora da dor. "Talvez a droga seja um bom analgésico, e não um anticancerígeno. Pesquisas desse tipo geram muita expectativa."
Del Giglio diz que as pessoas não devem usar a planta inadvertidamente. "O látex é extremamente tóxico."
A fase 2 da pesquisa avaliará 40 pacientes oncológicos de outras cinco instituições, entre elas o Instituto Arnaldo Vieira de Carvalho e a Faculdade de Medicina do ABC. Será testada a atividade do princípio ativo nas células tumorais.
A avelós causa um processo chamado de apoptose celular, uma espécie de suicídio das células. Purificada, ela age inibindo enzimas relacionadas à multiplicação dos tumores.
Segundo Pianowski, há diversos relatos de pessoas com câncer, que estavam desenganadas pelos médicos e que se curaram após usarem a planta.
"Não esperamos que ela cure todos os tipos de câncer. Mas certamente será eficaz para diversos deles. Várias drogas oncológicas começaram assim."
Fonte: Folha
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