Sônia Lima conta como está sendo retomar a carreira de atriz

Aos 50 anos, Sônia Lima está descobrindo uma nova vida. Com mais de três décadas de atividade artística, a ex-modelo -transformada em apresentadora e atriz no final dos anos 1970- descobriu uma nova rotina desde que se mudou para o Rio de Janeiro para se dedicar às gravações de “Poder Paralelo”. “Aqui, estou fazendo novas amizades e vivendo um momento de me preocupar comigo. Estou me sentindo meio irresponsável, mas está muito gostoso”, admite, entre risadas que lembram as de uma adolescente animada com a liberdade.

A mudança veio em paralelo com o “renascimento” da carreira como atriz de televisão, iniciada na malfadada “Como Salvar Meu Casamento” -trama da extinta Tupi, tirada do ar em meio à crise final da emissora e antes de ter seu final exibido- e posta em suspenso durante os anos que passou como jurada do “Show de Calouros”. “O programa foi uma bênção, que me projetou no Brasil e até lá fora. Mas atrapalhou e muito minha carreira como atriz. A gente precisa ser neutro para fazer dramaturgia. Você não pode ser mais do que o seu personagem”, analisa.

Hoje, a situação se inverteu. Depois de ficar fora da televisão por quatro anos, quando se dedicou ao trabalho em teatro, Sônia esteve em “Luz do Sol” – também da Record – e ressurgiu loura para encarnar a refinada e elegante Teresa. A repercussão, para a atriz, não poderia ser melhor. “É gozado, porque a minha vida inteira eu fui chamada de ‘Sônia Lima’ na rua. E, agora, as pessoas me chamam de ‘Teresa’. Que legal, né?”, empolga-se. “Vejo colegas que ficam incomodados de não serem chamados pelo próprio nome na rua. Eu estou na contramão. Fico tão feliz de me chamarem com o nome da personagem na rua…”, garante ela, que tem contrato com a Record até 2014.

Você já chegou a dizer que gostaria de ter trabalhado como atriz no SBT, mas não conseguia. Na mesma época, as outras emissoras também produziam teledramaturgia. Você recebeu convites de alguma delas?
Ah, houve. Não da Band nem da Manchete, mas houve umas duas vezes em que eu quase fui para a Globo. Na época, não deu. Aliás, o Sílvio de Abreu, que me convidou, é um autor muito gracinha, ainda pretendo trabalhar com ele. A gente vive se desencontrando, mas um dia, a gente chega lá.

Mas houve algum problema? O que impediu essa mudança?
Foi contrato, mesmo. Eu estava sempre contratada pelo SBT. Não dava. E, depois, vir para o Rio de Janeiro com o que a Globo oferecia era um absurdo. Eu ganhava bem melhor no SBT, era outra realidade. Era o que eles tinham para me oferecer, só que não era bom. Eu faço o que gosto, mas também gosto de ser bem remunerada pelo que faço.

Você tem uma ligação grande com o humor. Como foi para construir uma personagem que é tão séria e sofisticada?
Sou uma pessoa muito intensa. Então, para fazer a Teresa, tive de ir na contramão: tirar toda a cor da personagem e não representar. Foi onde encontrei a personagem, onde consegui montar a minha Teresa. Foi uma maneira de não mexer muito com o meu rosto, porque, em função do humor, sou muito “careteira”. Não é que eu esteja aprendendo a fazer drama, mas é uma coisa que estou exercitando. É algo que depende de “timing”, de você estar fazendo o tempo todo para pegar o jeito.

E como você se prepara para as cenas? Usa “coach”, fala com o diretor…?
O que procuro é a emoção da personagem. Se for um texto bem escrito e bem amarrado, a emoção vem naturalmente, é só se concentrar. E eu tenho a ajuda de uma das assistentes de direção. Quando preciso, ela vem aqui em casa, a gente troca uma ideia e ela me dá algumas dicas. Acho que o ator está em eterno exercício. A gente está aprendendo o tempo todo. Eu, pelo menos, estou aprendendo e tenho muito o que aprender.

Por Louise Araujo



Fonte: Audiência e Tv, + Celebrity!

Eu gosto da Sonia Lima, uma pena que ela tenha sido mal 'aproveitada' profissionalmente pelo SBT...

Eu também gosto dela. Além de ser uma atriz talentosa, é uma mulher muito bonita e inteligente. Concordo, o SBT não soube lhe dar o valor e o aproveitamento profissional que ela merecia. O que parece não estar ocorrendo com ela na Record, ainda bem!