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BULLYING - Vamos entender o que é!!!
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BULLYING - Vamos entender o que é!!!
Campanhas contra o Bullying nas escolas espalham-se pela web #sos filhos
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Este vídeo circulava no twitter, hoje, a partir de @oserginho (Serginho Groisman, jornalista e apresentador de tv). Posso dizer que fiquei feliz por ter sido ele uma das pessoas a divulgar o vídeo desta nova campanha contra a prática do Bullying, afinal ele tem mais de 200 mil seguidores no microblog (twitter) então muita gente deve ter assistido, o que é pontual num momento em que a sociedade assiste a continuidade dos casos de Bullying nas escolas e pouco faz para frear a situação.
Mais especificamente é necessário que pais, responsáveis, professores, funcionários da escola e familiares estejam atentos às mudanças de comportamento e humor dos filhos na tentativa de “sentir” se algo desfavorável pode estar acontecendo com eles. A idéia é também conversar (com carinho, sem pressão e com clareza) em casa e na escola para que as crianças sintam-se “seguras” para falar a respeito. No vídeo que mencionava há pouco, ilustra-se exatamente essa linha de raciocínio e algumas tentativas de fugir da opressão e agressão que os praticantes do Bullying conseguem impor às suas vítimas. Sugiro que assistam, carrega rapidinho e a reflexão é quase automática.
Mais especificamente é necessário que pais, responsáveis, professores, funcionários da escola e familiares estejam atentos às mudanças de comportamento e humor dos filhos na tentativa de “sentir” se algo desfavorável pode estar acontecendo com eles. A idéia é também conversar (com carinho, sem pressão e com clareza) em casa e na escola para que as crianças sintam-se “seguras” para falar a respeito. No vídeo que mencionava há pouco, ilustra-se exatamente essa linha de raciocínio e algumas tentativas de fugir da opressão e agressão que os praticantes do Bullying conseguem impor às suas vítimas. Sugiro que assistam, carrega rapidinho e a reflexão é quase automática.
Devo comentar com vocês uma coisa curiosa, eu sofri Bullying várias vezes na escola, durante minha vida acadêmica. E testemunhei outros tantos casos também. Filha de advogada, minha mãe que é Defensora Pública com a carreira finalizada na área criminal, sempre orientou-nos (a mim e meus 3 irmãos) que agíssemos com dignidade, honestidade, franqueza, que ajudássemos quem precisa, que fôssemos solidários, que nunca permitíssemos injustiças e que sempre conversássemos em casa, com ela e meu pai, cujo conselho era um só: nunca levar desaforo pra casa. Agora pensem, ela era muito intelectual e politicamente correta, o que os filhos seriam? Caxias, dedo-duro, defensores dos “pobres e oprimidos”, hehehehe. Brincadeiras a parte, foi por aí mesmo.
Me recordo de, aos 12 anos, na sexta série início do 1. semestre, ter delatado 4 adolescentes da oitava série que fumavam maconha no terraço da escola, uma área pouco utilizada. Eu nem sabia o que era exatamente maconha e nem foi isso que contei, falei à professora sobre “4 alunos fumando” fora da sala de aula. Eu os havia percebido subindo as escadas da escola, já fumando, quando eu retornava do banheiro para a sala de aula. Contei de forma tão inocente “aquele ato ilícito de meus colegas que nem imaginava o que me aguardaria no futuro”. Sim, lá estavam eles na saída da escola, uns 20 cm mais altos do que eu, que sempre fui baixinha. Falavam muitos palavrões, eram descolados, com as costas quentes pois eram filhos de empresários da alta sociedade curitibana à época… “Me ameaçavam, diziam que fulano me chutasse, que o outro cuspisse, que eu não viesse para a escola sozinha, que não adiantava chamar a mamãe, que eu não duraria na escola, coisas assim”. É até engraçado lembrar disso depois de quase 20 anos, só não é totalmente engraçado porque o que já era triste, porém não diagnosticado na época, hoje é fato-violência que oprime milhares de crianças e adolescentes no mundo todo. E agora, como mãe, eu sei bem qual é a dimensão da raiva contra alguém que magoe ou fira nossos filhos! Eh… lembro daquele ditado “não mexa com meu filho que viro onça, algo assim” :)
Pra resumir, eu que morava no bairro mais nobre da cidade na época, entre condomínios e prédios de luxo, a 3 quadras da escola, precisava ir e voltar da escola com a empregada ou familiar junto, até que não aguentei mais e minha mãe, mais que prontamente, atendeu meus pedidos e me tirou da escola. Na outra, eu já era mais espertinha, mas encontrei o mesmo problema novamente… nessa via outros alunos serem ridicularizados e humilhados em sala, com a indiferença e/ou conivência dos professores e, partia pra discussão. Defendia todo mundo e tive que mudar de escola pela segunda vez no mesmo ano. Depois me tornei mais briguenta, violenta não, mas fiquei mais convicta sobre “o que sou e como agir”, assim como sou hoje, tantos anos depois e talvez, muito em função dessas experiências escolares.
Seguindo. Outro vídeo interessante nesta Campanha contra a ação do Bullying nas escolas é este. Em cenas “leves” indica a realidade de algumas vítimas dessa prática.
Me recordo de, aos 12 anos, na sexta série início do 1. semestre, ter delatado 4 adolescentes da oitava série que fumavam maconha no terraço da escola, uma área pouco utilizada. Eu nem sabia o que era exatamente maconha e nem foi isso que contei, falei à professora sobre “4 alunos fumando” fora da sala de aula. Eu os havia percebido subindo as escadas da escola, já fumando, quando eu retornava do banheiro para a sala de aula. Contei de forma tão inocente “aquele ato ilícito de meus colegas que nem imaginava o que me aguardaria no futuro”. Sim, lá estavam eles na saída da escola, uns 20 cm mais altos do que eu, que sempre fui baixinha. Falavam muitos palavrões, eram descolados, com as costas quentes pois eram filhos de empresários da alta sociedade curitibana à época… “Me ameaçavam, diziam que fulano me chutasse, que o outro cuspisse, que eu não viesse para a escola sozinha, que não adiantava chamar a mamãe, que eu não duraria na escola, coisas assim”. É até engraçado lembrar disso depois de quase 20 anos, só não é totalmente engraçado porque o que já era triste, porém não diagnosticado na época, hoje é fato-violência que oprime milhares de crianças e adolescentes no mundo todo. E agora, como mãe, eu sei bem qual é a dimensão da raiva contra alguém que magoe ou fira nossos filhos! Eh… lembro daquele ditado “não mexa com meu filho que viro onça, algo assim” :)
Pra resumir, eu que morava no bairro mais nobre da cidade na época, entre condomínios e prédios de luxo, a 3 quadras da escola, precisava ir e voltar da escola com a empregada ou familiar junto, até que não aguentei mais e minha mãe, mais que prontamente, atendeu meus pedidos e me tirou da escola. Na outra, eu já era mais espertinha, mas encontrei o mesmo problema novamente… nessa via outros alunos serem ridicularizados e humilhados em sala, com a indiferença e/ou conivência dos professores e, partia pra discussão. Defendia todo mundo e tive que mudar de escola pela segunda vez no mesmo ano. Depois me tornei mais briguenta, violenta não, mas fiquei mais convicta sobre “o que sou e como agir”, assim como sou hoje, tantos anos depois e talvez, muito em função dessas experiências escolares.
Seguindo. Outro vídeo interessante nesta Campanha contra a ação do Bullying nas escolas é este. Em cenas “leves” indica a realidade de algumas vítimas dessa prática.
Para quem nunca tinha ouvido falar sobre o Bullying ou de repente até já viveu (de um lado ou de outro, agressor ou agredido) esta situação, mas não a compreendia sob essa denominação, uma rápida definição:
“é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully ou “valentão”) ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender. Também existem as vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de bullying pela turma”. (Fonte: wikipedia*)
Especialistas definiram que bullying pode se dividir em três termos essenciais:
1. o comportamento é agressivo e negativo;
2. o comportamento é executado repetidamente;
3. o comportamento ocorre num relacionamento onde há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.
O bullying divide-se em duas categorias:
1. bullying direto;
2. bullying indireto, também conhecido como agressão social
Vale ficar atento, não?! Pelos nossos filhos, sobrinhos, netos, afilhados…
Algumas dicas para ajudar a evitar o CyberBullying (o Bullying praticado na internet e em crescimento, por sinal) você confere no post “o bom e o mau uso da internet* “ no Portal Mãe com Filhos, por palavras de Sam Shiraishi (@samegui)
“é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully ou “valentão”) ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender. Também existem as vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de bullying pela turma”. (Fonte: wikipedia*)
Especialistas definiram que bullying pode se dividir em três termos essenciais:
1. o comportamento é agressivo e negativo;
2. o comportamento é executado repetidamente;
3. o comportamento ocorre num relacionamento onde há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.
O bullying divide-se em duas categorias:
1. bullying direto;
2. bullying indireto, também conhecido como agressão social
Vale ficar atento, não?! Pelos nossos filhos, sobrinhos, netos, afilhados…
Algumas dicas para ajudar a evitar o CyberBullying (o Bullying praticado na internet e em crescimento, por sinal) você confere no post “o bom e o mau uso da internet* “ no Portal Mãe com Filhos, por palavras de Sam Shiraishi (@samegui)
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Lamentável...mas quem nunca passou por isso? Uns foram mais visados, outros nem tanto...eu mesma já sofrí esta violência. Mas para muitos, como eu, o que não mata... fortalece!
Uma grande parte das vítimas não consegue se defender e acaba ficando com suas vidas marcadas para sempre. Os problemas psicológicos são profundos, ficam cicatrizes!
Re: BULLYING - Vamos entender o que é!!!
Agressões físicas e/ou psicológicas como essas sempre existiram e vão continuar existindo, principalmente nas escolas. Antes só não eram denominadas por Bullying, o qual acho que deveria ter outra denominação no Brasil. Sinceramente, acho antipática e irritante essa mania constante dos brasileiros de adotarem termos estrangeiros para os fatos daqui. Estamos no Brasil, custa tanto assim usarem denominações em português?
Voltando ao tema, também sofri na escola quando pequena com essas abordagens grosseiras. Passei anos sendo ridicularizada e ganhando apelidos diversos por ser o "patinho feio" da classe: Magricela, dentuça, de cabelo pixaim (como se denominava cabelo crespo e ruim na época), usando óculos com aquelas armações imensas dos anos 60/70. Essa situação toda era desagradável e me deixava chateada, mas por mais incrível que possa parecer, nunca me afetou a ponto de me traumatizar por completo e atrapalhar o meu rendimento escolar. Quando saia da escola e voltava para casa, deletava aquilo tudo da memória até o dia seguinte, vivendo a minha vida normalmente. Sempre tive o apoio e o amor incondicional dos meus pais (integral, por ter sido filha única), e as opiniões deles eram as únicas que me importavam de fato. Fui vivendo assim até completar 13 anos, quando cresci e mudei fisicamente, deixando de ser o "patinho feio" e o centro das gozações.
Tudo complica mais quando as agressões saem do campo psicológico para o físico. Aí é fundamental o diálogo aberto e a integração entre vítimas, pais, professores e diretores das escolas para buscarem soluções de acordo com cada caso. E leis mais eficientes e que funcionem de fato para conter os abusos, senão infelizmente nada disso adianta.
Voltando ao tema, também sofri na escola quando pequena com essas abordagens grosseiras. Passei anos sendo ridicularizada e ganhando apelidos diversos por ser o "patinho feio" da classe: Magricela, dentuça, de cabelo pixaim (como se denominava cabelo crespo e ruim na época), usando óculos com aquelas armações imensas dos anos 60/70. Essa situação toda era desagradável e me deixava chateada, mas por mais incrível que possa parecer, nunca me afetou a ponto de me traumatizar por completo e atrapalhar o meu rendimento escolar. Quando saia da escola e voltava para casa, deletava aquilo tudo da memória até o dia seguinte, vivendo a minha vida normalmente. Sempre tive o apoio e o amor incondicional dos meus pais (integral, por ter sido filha única), e as opiniões deles eram as únicas que me importavam de fato. Fui vivendo assim até completar 13 anos, quando cresci e mudei fisicamente, deixando de ser o "patinho feio" e o centro das gozações.
Tudo complica mais quando as agressões saem do campo psicológico para o físico. Aí é fundamental o diálogo aberto e a integração entre vítimas, pais, professores e diretores das escolas para buscarem soluções de acordo com cada caso. E leis mais eficientes e que funcionem de fato para conter os abusos, senão infelizmente nada disso adianta.
Re: BULLYING - Vamos entender o que é!!!
Lili escreveu:
Sinceramente, acho antipática e irritante essa mania constante dos brasileiros de adotarem termos estrangeiros para os fatos daqui. Estamos no Brasil, custa tanto assim usarem denominações em português?
Também acho, mas enfim...
Lili escreveu:
Quando saia da escola e voltava para casa, deletava aquilo tudo da memória até o dia seguinte, vivendo a minha vida normalmente. Sempre tive o apoio e o amor incondicional dos meus pais (integral, por ter sido filha única), e as opiniões deles eram as únicas que me importavam de fato.
Pois é, Lili, o seu caso é bem parecido com o meu...e como eu disse:
Mas para muitos, como eu, o que não mata... fortalece!
Como nós tínhamos um lar sólido, equilibrado e recebíamos o amor e apoio de nossos pais, não dávamos importância aos desagradáveis fatos. Mas uma grande parte não consegue digerir as provocações verbais e físicas. No meu caso não tinha agressões físicas, ainda bem !!!
Mas este é um problema que tem grandes consequências futuras, tanto para as vítimas bem como para os agressores. As vítimas terão sérios problemas de ordem psicológica, e muitas delas acabarão por se tornarem pessoas agressivas, e esse é apenas um dos problemas. Já os agressores se tornarão adultos violentos e sem limites, já que não receberam os tratamentos devidos, as instruções necessárias.
Re: BULLYING - Vamos entender o que é!!!
Pois é, Van. No meu caso também não existiam as agressões físicas. Naquela época as coisas ficavam concentradas mais no patamar das gozações e dos apelidos. A formação e os princípios que as crianças recebiam dos pais eram sólidos, rígidos e com imposição de limites, funcionavam de fato. Hoje em dia as coisas estão praticamente fora de controle. O que mais se vê são pais ausentes e perdidos, sem nenhuma autoridade sobre os filhos, mesmo dos mais pequenos. Pior ainda quando as crianças são vítimas e convivem com situações de violência dentro do próprio lar. Ou seja, o problema todo já começa em casa. Com crianças largadas à própria sorte e fazendo o que bem entendem, agredidas e agressivas, sem limites do que é certo e do que é errado, convivendo em lares totalmente desestruturados, vai-se esperar o que de seus comportamentos ao longo da vida?
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