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Para governo, blecaute é 'caso encerrado'; MPF vai investigar
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Para governo, blecaute é 'caso encerrado'; MPF vai investigar
Procuradores deram prazo até segunda para receber relatório oficial sobre o que aconteceu
Lula e Dilma: governo tentou preservar sua pré-candidata
Lula e Dilma: governo tentou preservar sua pré-candidata
Poucas horas depois de o Ministério Público Federal (MPF) anunciar a abertura de investigações sobre as causas do apagão que atingiu 18 Estados na noite de terça-feira, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse ontem que o blecaute é "assunto superado". "Buscamos a causa do problema e conseguimos uma solução rápida", afirmou.
Em seguida, foi a vez da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, dizer que o apagão é "caso encerrado" para o governo. Ela também reafirmou que a causa da queda de energia foram raios, ventos e chuvas que atingiram linhas de transmissão entre Itaipu e a região Sudeste.
Relatório técnico
O Ministério Público enviou enviou ofícios à Secretaria Executiva do Ministério de Minas e Energia, à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e ao diretor Jurídico da Usina Itaipu Binacional.
Esses órgãos têm até segunda-feira para entregar documentação produzida no dia do apagão, especialmente as comunicações entre os agentes do setor (distribuidores, transmissores e geradores).
Os procuradores deram prazo de 15 dias para que o governo apresente um relatório técnico sobre o apagão, inclusive com os responsáveis pela estação onde a primeira falha foi detectada, em Itaberá, interior de São Paulo.
Além de investigar as causas do apagão de terça, o MPF quer saber quais medidas estão sendo tomadas para evitar novos blecautes.
A postura do governo foi criticada pelo especialista da USP José Goldemberg. Para ele, "o governo deveria ser mais humilde e admitir que o sistema tem problemas".l
Empresas calculam os prejuízos
A indústria brasileira ainda contabiliza o prejuízo causado pelo apagão, mas algumas empresas já registram perdas, mesmo sem um cálculo fechado. A Volkswagen, por exemplo, deixou de produzir 1,5 mil carros durante o blecaute. A montadora tem três fabricas no interior de São Paulo e uma no Paraná. A Federação das Indústrias do Rio informou que o prejuízo pode ter ultrapassado R$ 1 bilhão no Estado. Já a indústria paulista estima comprometimento de 3% do faturamento mensal do setor. Inpe contradiz versão oficial da tempestade de raios
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) afirmou que "são mínimas" as chances de um raio ter causado o blecaute que deixou 18 Estados sem luz na terça-feira. O governo adotou a versão da tempestade como explicação oficial para o apagão.
Análise do Inpe indica que, embora houvesse uma tempestade na região de Itaberá, sul de São Paulo, as descargas mais próximas ao sistema elétrico estavam a quase 30 km da subestação. Além disso, dizem os técnicos, a baixa intensidade dos raios, de 20 kiloamperes (kA) no dia da tempestade, não seria capaz de produzir um estrago tão grande, mesmo que incidisse diretamente sobre a linha. Segundo os especialistas, para provocar o blecaute, o raio teria de ter intensidade superior a 100 kA.
Na primeira entrevista que concedeu sobre o apagão, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse ontem que o tamanho do sistema de transmissão de energia do país não permite descartar um novo blecaute no Brasil.
Em 29 de outubro, a ministra tinha afirmado que o país nunca mais sofreria apagões. Na quarta, após o blecaute, a ministra, que já comandou as Minas e Energia, passou o dia sem falar à imprensa e foi criticada pela oposição. Ontem ela rebateu: "Não se pode politizar uma coisa tão séria para o país. Não se faz isso. Não é republicano politizar isso." A oposição, porém, manteve-se no ataque. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (PSDB-AM), convidou Edison Lobão, ministro de Minas e Energia, e Dilma para explicarem o apagão na comissão de Infraestrutura.
Também ficou acertado que as comissões de Fiscalização e Controle e de Minas e Energia, da Câmara, farão audiência pública sobre o apagão.
Serra cobra mais explicações
O governador de São Paulo, José Serra, cobrou ontem "explicações melhores" do governo federal sobre o apagão que atingiu 18 Estados. "O sistema elétrico tem de ser à prova de pequenos transtornos da natureza", afirmou. Serra disse também que o blecaute mostra a necessidade de mais investimentos no setor energético do país.
Em seguida, foi a vez da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, dizer que o apagão é "caso encerrado" para o governo. Ela também reafirmou que a causa da queda de energia foram raios, ventos e chuvas que atingiram linhas de transmissão entre Itaipu e a região Sudeste.
Relatório técnico
O Ministério Público enviou enviou ofícios à Secretaria Executiva do Ministério de Minas e Energia, à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e ao diretor Jurídico da Usina Itaipu Binacional.
Esses órgãos têm até segunda-feira para entregar documentação produzida no dia do apagão, especialmente as comunicações entre os agentes do setor (distribuidores, transmissores e geradores).
Os procuradores deram prazo de 15 dias para que o governo apresente um relatório técnico sobre o apagão, inclusive com os responsáveis pela estação onde a primeira falha foi detectada, em Itaberá, interior de São Paulo.
Além de investigar as causas do apagão de terça, o MPF quer saber quais medidas estão sendo tomadas para evitar novos blecautes.
A postura do governo foi criticada pelo especialista da USP José Goldemberg. Para ele, "o governo deveria ser mais humilde e admitir que o sistema tem problemas".l
Empresas calculam os prejuízos
A indústria brasileira ainda contabiliza o prejuízo causado pelo apagão, mas algumas empresas já registram perdas, mesmo sem um cálculo fechado. A Volkswagen, por exemplo, deixou de produzir 1,5 mil carros durante o blecaute. A montadora tem três fabricas no interior de São Paulo e uma no Paraná. A Federação das Indústrias do Rio informou que o prejuízo pode ter ultrapassado R$ 1 bilhão no Estado. Já a indústria paulista estima comprometimento de 3% do faturamento mensal do setor. Inpe contradiz versão oficial da tempestade de raios
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) afirmou que "são mínimas" as chances de um raio ter causado o blecaute que deixou 18 Estados sem luz na terça-feira. O governo adotou a versão da tempestade como explicação oficial para o apagão.
Análise do Inpe indica que, embora houvesse uma tempestade na região de Itaberá, sul de São Paulo, as descargas mais próximas ao sistema elétrico estavam a quase 30 km da subestação. Além disso, dizem os técnicos, a baixa intensidade dos raios, de 20 kiloamperes (kA) no dia da tempestade, não seria capaz de produzir um estrago tão grande, mesmo que incidisse diretamente sobre a linha. Segundo os especialistas, para provocar o blecaute, o raio teria de ter intensidade superior a 100 kA.
Na primeira entrevista que concedeu sobre o apagão, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse ontem que o tamanho do sistema de transmissão de energia do país não permite descartar um novo blecaute no Brasil.
Em 29 de outubro, a ministra tinha afirmado que o país nunca mais sofreria apagões. Na quarta, após o blecaute, a ministra, que já comandou as Minas e Energia, passou o dia sem falar à imprensa e foi criticada pela oposição. Ontem ela rebateu: "Não se pode politizar uma coisa tão séria para o país. Não se faz isso. Não é republicano politizar isso." A oposição, porém, manteve-se no ataque. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (PSDB-AM), convidou Edison Lobão, ministro de Minas e Energia, e Dilma para explicarem o apagão na comissão de Infraestrutura.
Também ficou acertado que as comissões de Fiscalização e Controle e de Minas e Energia, da Câmara, farão audiência pública sobre o apagão.
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O governador de São Paulo, José Serra, cobrou ontem "explicações melhores" do governo federal sobre o apagão que atingiu 18 Estados. "O sistema elétrico tem de ser à prova de pequenos transtornos da natureza", afirmou. Serra disse também que o blecaute mostra a necessidade de mais investimentos no setor energético do país.
Fonte: Destak
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