Erundina é condenada a devolver R$ 350 mil aos cofres públicos. O crime? Impressão de cartazes pró-greve

Quando li na revista Isto É sobre a condenação da ex-prefeita de São Paulo, Luiza Erundina, logo pensei que se tratava de desvio de verbas, licitações fraudulentas ou superfaturamento de obras, o que é fato corriqueiro por aqui. Mas me surpreendi com o motivo: Seu crime foi ter impresso cartazes explicando à população que os ônibus municipais de São Paulo não circulariam nos dias 14 e 15 de março de 1989 em apoio a uma greve geral convocada pela Central Única dos Trabalhadores e Central Geral dos Trabalhadores.

A greve havia sido convocada em protesto contra o “Plano Verão”, uma das últimas tentativas do então presidente José Sarney de salvar o Plano Cruzado.

Não estou aqui para defender políticos, mas sim para fazer uma comparação. Especificamente com outros prefeitos de São Paulo: Jânio Quadros, Paulo Maluf, Celso Pitta e Marta Suplicy — sem falar no atual, Gilberto Kassab, que teve um aumento de patrimônio surpreendente anos atrás, mas enfim, ele deve ter trabalhado bastante para isso…

Erundina, 75 anos de idade, acumulou ao longo da carreira política um apartamento de 80 metros quadrados na zona sul de São Paulo e dois carros — Palio 97 e Gol 2004.

Paulo Maluf que acumula acusações de desvio de recursos milionários, tem cerca de R$ 40 milhões em bens, de acordo com o Supremo Tribunal Federal.

Celso Pitta, ao final do mandato, acumulava acusações de desvio de verbas e irregularidades na gestão pública envolvendo mais de R$ 3,5 bilhões.

Jânio Quadros, que antecedeu Erundina, ainda tem dinheiro escondido que nem mesmo sua família sabe onde está — recentemente os herdeiros do ex-presidente saíram em busca de US$ 20 milhões que estariam perdidos na Suíça.

É um exemplo a se pensar. Porque essa distinção de penas?

Fonte: IstoÉ



Fonte: Curiosando

É muito simples os motivos desta injustiça com distinção de penas: Infelizmente é assim que acontece no Brasil. Os piores corruptos sempre saem ilesos, e aqueles que apresentam boas intenções, sempre se dão mal.

E não vejo chances desta situação mudar. Nem agora, e nem nunca!

O que a Erundina fez é café pequeno perto dos tubarões como Maluf. Como sempre, não vai dar em nada, só rolo...

Nada mais me surpreende neste país. A injustiça corre ao lado da impunidade, e o que difere no julgamento, é o nome do acusado.
E o que é pior, é que está tudo em letras garrafais, tanto as injustiças como a impunidade, para quem quiser ver e ninguém faz nada.
Nós comentamos....é daí....o que muda nisto?
NADA.