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Que sujos eram nossos tataravós
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Que sujos eram nossos tataravós
O escritor Sandor Marai, nascido em 1900 numa família rica do Império austro-húngaro, conta em seu livro de memórias "Confissões de um burguês" que durante sua infância existia a crença de que "tomar muito banho não era nada bom já que a pele das crianças ficava muito macia".
Naquela época então, a banheira era um objeto mais ou menos decorativo que era usada para guardar trastes e que recobrava sua função original somente um dia ao ano, o de São Silvestre. Os membros da burguesia dos fins do século XIX só tomavam banho quando estavam doentes ou iam se casar. Esta mentalidade, que hoje resulta impensável, era habitual até há bem pouco tempo, os franceses que o digam. E mais, se vivêssemos no século XVIII, tomaríamos banho uma só vez em toda a vida, empoaríamos os cabelos em lugar de lavá-los com água e xampu, e teríamos que ter bastante cuidado para não pisar nos excrementos espalhados pelas ruas.
Do esplendor do Império ao domínio dos "porcos"
Curiosamente, na Antiguidade os seres humanos não eram tão "sujos". Conscientes da necessidade de cuidar do corpo, os romanos passavam muito tempo nas termas coletivas sob os auspícios da deusa Higiea, protetora da saúde, de cujo nome deriva a palavra higiene. Este costume estendeu-se ao Oriente, onde os banhos turcos se converteram em centros da vida social, e sobreviveu durante a Idade Média.
Nas cidades medievais, os homens se banhavam com assiduidade e faziam suas necessidades nas latrinas públicas, vestígios da época romana, ou no urinol, outro invento romano de uso privado; e as mulheres se banhavam e perfumavam, faziam belos penteados e freqüentavam as lavanderias. O que não era tão limpa era a rua, dado que os resíduos e a água utilizados eram atirados pela janela seguidos de gritos de "...lá vai água!!!" ou então "...olha a merd@ ai gente!!!", o que obrigava as pessoas a caminharem com um olho no chão e outro nas janelas acima.
Vacas, cavalos, bois deixavam sua "assinatura" na rua
Carentes de esgoto e canalizações as ruas e praças eram autênticas lixeiras pelas quais com freqüência corriam córregos de água podre e fétida. Para aumentar a sujeira tinham ainda os numerosos animais existentes: ovelhas, cabras, porcos e, sobretudo, cavalos e bois que puxavam as carroças. Como se isso não fosse suficiente, os açougueiros sacrificavam os animais em plena via pública, enquanto os bairros dos curtumes e tintureiros eram foco de infecções e mau cheiro.
A Roma antiga era mais limpa que Paris ou Londres no século XVII, cujas casas não tinham encanamentos, banheiro então nem pensar. O que faziam então as pessoas? Habitualmente, em frente a uma necessidade imperiosa o indivíduo saia correndo de casa e procurava um beco ou esquina menos movimentada. Outros maldosos iam "barrear" a porta da casa de um desafeto.
O escritor alemão Goethe contava que uma certa vez esteve alojado numa pensão em Garda, Itália, ao perguntar onde podia fazer suas necessidades, lhe indicaram tranqüilamente que podia "cagar no pátio".
As pessoas utilizavam os becos traseiros ou riachos próximos as casas. O nome do rio francês Merderon revela seu antigo uso. Os poucos banheiros existentes vertiam seus dejetos para fossas ou poços negros, com freqüência situados junto aos de água potável, o que aumentava o risco de doenças.
Os excrementos humanos eram vendidos como adubo
Mesmo que não tivessem a consciência ecológica que alguns temos hoje em dia, tudo era reciclado, inclusive tinha gente dedicada a recolher os excrementos das fossas para vendê-los como esterco. Os tintureiros guardavam a urina em grandes tinas, que depois usavam para lavar peles e branquear telas. Os ossos eram triturados para fazer adubo.
Bem, só que aquilo que não era reciclado ficava na rua, porque inexistiam os serviços públicos de saneamento ou eram insuficientes. Nas cidades, as tarefas de limpeza limitavam-se às vias principais, como as que percorriam os peregrinos e as carroças de grandes personagens que iam ver o Papa na Roma do século XVII, habitualmente muito suja. As autoridades contratavam criadores de porcos para que seus animais, como bons onívoros, fizessem desaparecer os restos próximo às ruas e praças públicas, ou bem rezavam aos céus para mandar uma boa chuva para arrastar aquela sujeira toda.
E se as cidades eram sujas, as pessoas não estavam muito melhor. A higiene corporal também retrocedeu a partir do Renascimento devido a uma percepção mais puritana do corpo, que considerava tabu, e ao aparecimento de doenças como a sífilis ou a peste, que se propagavam sem que nenhum cientista pudesse explicar a causa.
Os médicos do século XVI achavam que a água, sobretudo quente, debilitava os órgãos e deixava o corpo exposto aos ares insalubres, e que penetrava através dos poros transmitindo todo tipo de males. Inclusive começou a difundir-se a idéia de que uma camada de "craca"(sujeira) protegia contra as doenças e que, portanto, o asseio pessoal devia ser realizado "a seco", só com uma toalha limpa para esfregar as partes visíveis do organismo. Um texto difundido na Basiléia no século XVII recomendava que "as crianças devem limpar o rosto e os olhos com um trapo branco, que tira o sebo e deixa à tez e à cor toda sua naturalidade. Lavar-se com água é prejudicial à vista, provoca males dos dentes e catarros, empalidece o rosto e deixa-o mais sensível ao frio do inverno e a pele ressecada no verão".
Um artefato de alto risco chamado banheira
Segundo o francês Georges Vigarello, autor do "O limpo e o sujo", um interessante estudo sobre a higiene do povo na Europa, a rejeição a água chegava as mais altas esferas sociais. Nos tempos de Luis XIV, as damas mais entusiastas do asseio se banhavam quando muito duas vezes ao ano, e o próprio rei só o fazia por prescrição médica e com as devidas precauções, como demonstra este relato de um de seus médicos particulares:
- "Fiz preparar o banho, o rei entrou nele as 10 e durante o resto da jornada se sentiu pesado, com uma dor surda de cabeça, o que nunca lhe tinha ocorrido... Não quis fazer questão do banho, tendo observado suficientes circunstâncias desfavoráveis para fazer que o rei o abandonasse".
Dadas a tantas misérias ocultas, a higiene transladou-se à roupa, quanto mais branca melhor. Os ricos lavavam-se mudando com freqüência de camisa, que supostamente absorvia a sujeira corporal. O dramaturgo francês do século XVII Paul Scarron descrevia em uma de suas novelas uma cena de asseio pessoal na qual o protagonista só usa a água para enxaguar a boca. Isso feito, seu criado lhe traz "a mais bela roupa branca do mundo, perfeitamente lavada e perfumada". Claro que somente a roupa exterior, já que a íntima só era trocada uma vez ao mês, e olhe lá!!!
Era necessário acabar com o mau cheiro
Tanta sujeira não podia durar muito tempo mais e quando os desagradáveis cheiros ameaçavam arruinar a civilização ocidental, chegaram os avanços científicos e as idéia ilustradas do século XVIII para ventilar a vida dos europeus. Pouco a pouco começaram a instalar latrinas coletivas nas casas e foi terminantemente proibido jogar merd@ pela janela, ao mesmo tempo em que tentavam criar uma consciência social nos habitantes aconselhando-os a colocarem o lixo nos espaços atribuídos para isso.
Em 1774, o sueco Karl Wilhehm Scheele descobriu o cloro, substância que combinada com água branqueava os objetos e misturada com uma solução de sódio era um eficaz desinfetante. Assim nasceu o hipoclorito de sódio, a nossa famosa "água sanitária", naquele momento um grande passo para a humanidade.
Tubulação e vasos: a revolução higiênica
No século XIX, o desenvolvimento do urbanismo permitiu a criação de mecanismos para eliminar as águas residuais em todas as novas construções. Ao mesmo tempo em que as tubulações sanitárias e vasos ingleses estendiam-se por toda Europa, eram organizadas as primeiras exposições e conferências sobre higiene. À medida que se descobriam novas bactérias e seu papel chave nas infecções —peste, cólera, tifo, febre amarela—, assumia-se que era possível proteger-se delas com medidas tão simples como lavar as mãos e praticar o asseio diário com água e sabão.
Em 1847, o médico húngaro Ignacio Semmelweis determinou a origem infecciosa da febre puerperal após o parto e comprovou que as medidas de higiene reduziam a mortalidade. Em 1869, o escocês Joseph Lister, baseando-se nos trabalhos de Pasteur, usou pela primeira vez a anti-sepsia em cirurgia. Com tantas provas na mão já nenhum médico se atreveu a dizer que tomar banho era ruim para a saúde.
A higiene na história do Brasil
Imaginem só a cena: de um lado, portugueses peludos, barbudos, imundos cheios de doenças acostumados a tomar banho 1 vez ao ano. Do outro, índios pelados, depilados, sãos e musculosos acostumados a banhar-se mais de 10 vezes ao dia. Pois este gritante contraste do encontro de pelados e peludos, no distante ano de 1500, é o marco inicial da trajetória da sujeira na história de nosso país. Mas essa já é outra história.
Fonte: Metamorfose Digital
Naquela época então, a banheira era um objeto mais ou menos decorativo que era usada para guardar trastes e que recobrava sua função original somente um dia ao ano, o de São Silvestre. Os membros da burguesia dos fins do século XIX só tomavam banho quando estavam doentes ou iam se casar. Esta mentalidade, que hoje resulta impensável, era habitual até há bem pouco tempo, os franceses que o digam. E mais, se vivêssemos no século XVIII, tomaríamos banho uma só vez em toda a vida, empoaríamos os cabelos em lugar de lavá-los com água e xampu, e teríamos que ter bastante cuidado para não pisar nos excrementos espalhados pelas ruas.
Do esplendor do Império ao domínio dos "porcos"
Curiosamente, na Antiguidade os seres humanos não eram tão "sujos". Conscientes da necessidade de cuidar do corpo, os romanos passavam muito tempo nas termas coletivas sob os auspícios da deusa Higiea, protetora da saúde, de cujo nome deriva a palavra higiene. Este costume estendeu-se ao Oriente, onde os banhos turcos se converteram em centros da vida social, e sobreviveu durante a Idade Média.
Nas cidades medievais, os homens se banhavam com assiduidade e faziam suas necessidades nas latrinas públicas, vestígios da época romana, ou no urinol, outro invento romano de uso privado; e as mulheres se banhavam e perfumavam, faziam belos penteados e freqüentavam as lavanderias. O que não era tão limpa era a rua, dado que os resíduos e a água utilizados eram atirados pela janela seguidos de gritos de "...lá vai água!!!" ou então "...olha a merd@ ai gente!!!", o que obrigava as pessoas a caminharem com um olho no chão e outro nas janelas acima.
Vacas, cavalos, bois deixavam sua "assinatura" na rua
Carentes de esgoto e canalizações as ruas e praças eram autênticas lixeiras pelas quais com freqüência corriam córregos de água podre e fétida. Para aumentar a sujeira tinham ainda os numerosos animais existentes: ovelhas, cabras, porcos e, sobretudo, cavalos e bois que puxavam as carroças. Como se isso não fosse suficiente, os açougueiros sacrificavam os animais em plena via pública, enquanto os bairros dos curtumes e tintureiros eram foco de infecções e mau cheiro.
A Roma antiga era mais limpa que Paris ou Londres no século XVII, cujas casas não tinham encanamentos, banheiro então nem pensar. O que faziam então as pessoas? Habitualmente, em frente a uma necessidade imperiosa o indivíduo saia correndo de casa e procurava um beco ou esquina menos movimentada. Outros maldosos iam "barrear" a porta da casa de um desafeto.
O escritor alemão Goethe contava que uma certa vez esteve alojado numa pensão em Garda, Itália, ao perguntar onde podia fazer suas necessidades, lhe indicaram tranqüilamente que podia "cagar no pátio".
As pessoas utilizavam os becos traseiros ou riachos próximos as casas. O nome do rio francês Merderon revela seu antigo uso. Os poucos banheiros existentes vertiam seus dejetos para fossas ou poços negros, com freqüência situados junto aos de água potável, o que aumentava o risco de doenças.
Os excrementos humanos eram vendidos como adubo
Mesmo que não tivessem a consciência ecológica que alguns temos hoje em dia, tudo era reciclado, inclusive tinha gente dedicada a recolher os excrementos das fossas para vendê-los como esterco. Os tintureiros guardavam a urina em grandes tinas, que depois usavam para lavar peles e branquear telas. Os ossos eram triturados para fazer adubo.
Bem, só que aquilo que não era reciclado ficava na rua, porque inexistiam os serviços públicos de saneamento ou eram insuficientes. Nas cidades, as tarefas de limpeza limitavam-se às vias principais, como as que percorriam os peregrinos e as carroças de grandes personagens que iam ver o Papa na Roma do século XVII, habitualmente muito suja. As autoridades contratavam criadores de porcos para que seus animais, como bons onívoros, fizessem desaparecer os restos próximo às ruas e praças públicas, ou bem rezavam aos céus para mandar uma boa chuva para arrastar aquela sujeira toda.
E se as cidades eram sujas, as pessoas não estavam muito melhor. A higiene corporal também retrocedeu a partir do Renascimento devido a uma percepção mais puritana do corpo, que considerava tabu, e ao aparecimento de doenças como a sífilis ou a peste, que se propagavam sem que nenhum cientista pudesse explicar a causa.
Os médicos do século XVI achavam que a água, sobretudo quente, debilitava os órgãos e deixava o corpo exposto aos ares insalubres, e que penetrava através dos poros transmitindo todo tipo de males. Inclusive começou a difundir-se a idéia de que uma camada de "craca"(sujeira) protegia contra as doenças e que, portanto, o asseio pessoal devia ser realizado "a seco", só com uma toalha limpa para esfregar as partes visíveis do organismo. Um texto difundido na Basiléia no século XVII recomendava que "as crianças devem limpar o rosto e os olhos com um trapo branco, que tira o sebo e deixa à tez e à cor toda sua naturalidade. Lavar-se com água é prejudicial à vista, provoca males dos dentes e catarros, empalidece o rosto e deixa-o mais sensível ao frio do inverno e a pele ressecada no verão".
Um artefato de alto risco chamado banheira
Segundo o francês Georges Vigarello, autor do "O limpo e o sujo", um interessante estudo sobre a higiene do povo na Europa, a rejeição a água chegava as mais altas esferas sociais. Nos tempos de Luis XIV, as damas mais entusiastas do asseio se banhavam quando muito duas vezes ao ano, e o próprio rei só o fazia por prescrição médica e com as devidas precauções, como demonstra este relato de um de seus médicos particulares:
- "Fiz preparar o banho, o rei entrou nele as 10 e durante o resto da jornada se sentiu pesado, com uma dor surda de cabeça, o que nunca lhe tinha ocorrido... Não quis fazer questão do banho, tendo observado suficientes circunstâncias desfavoráveis para fazer que o rei o abandonasse".
Dadas a tantas misérias ocultas, a higiene transladou-se à roupa, quanto mais branca melhor. Os ricos lavavam-se mudando com freqüência de camisa, que supostamente absorvia a sujeira corporal. O dramaturgo francês do século XVII Paul Scarron descrevia em uma de suas novelas uma cena de asseio pessoal na qual o protagonista só usa a água para enxaguar a boca. Isso feito, seu criado lhe traz "a mais bela roupa branca do mundo, perfeitamente lavada e perfumada". Claro que somente a roupa exterior, já que a íntima só era trocada uma vez ao mês, e olhe lá!!!
Era necessário acabar com o mau cheiro
Tanta sujeira não podia durar muito tempo mais e quando os desagradáveis cheiros ameaçavam arruinar a civilização ocidental, chegaram os avanços científicos e as idéia ilustradas do século XVIII para ventilar a vida dos europeus. Pouco a pouco começaram a instalar latrinas coletivas nas casas e foi terminantemente proibido jogar merd@ pela janela, ao mesmo tempo em que tentavam criar uma consciência social nos habitantes aconselhando-os a colocarem o lixo nos espaços atribuídos para isso.
Em 1774, o sueco Karl Wilhehm Scheele descobriu o cloro, substância que combinada com água branqueava os objetos e misturada com uma solução de sódio era um eficaz desinfetante. Assim nasceu o hipoclorito de sódio, a nossa famosa "água sanitária", naquele momento um grande passo para a humanidade.
Tubulação e vasos: a revolução higiênica
No século XIX, o desenvolvimento do urbanismo permitiu a criação de mecanismos para eliminar as águas residuais em todas as novas construções. Ao mesmo tempo em que as tubulações sanitárias e vasos ingleses estendiam-se por toda Europa, eram organizadas as primeiras exposições e conferências sobre higiene. À medida que se descobriam novas bactérias e seu papel chave nas infecções —peste, cólera, tifo, febre amarela—, assumia-se que era possível proteger-se delas com medidas tão simples como lavar as mãos e praticar o asseio diário com água e sabão.
Em 1847, o médico húngaro Ignacio Semmelweis determinou a origem infecciosa da febre puerperal após o parto e comprovou que as medidas de higiene reduziam a mortalidade. Em 1869, o escocês Joseph Lister, baseando-se nos trabalhos de Pasteur, usou pela primeira vez a anti-sepsia em cirurgia. Com tantas provas na mão já nenhum médico se atreveu a dizer que tomar banho era ruim para a saúde.
A higiene na história do Brasil
Imaginem só a cena: de um lado, portugueses peludos, barbudos, imundos cheios de doenças acostumados a tomar banho 1 vez ao ano. Do outro, índios pelados, depilados, sãos e musculosos acostumados a banhar-se mais de 10 vezes ao dia. Pois este gritante contraste do encontro de pelados e peludos, no distante ano de 1500, é o marco inicial da trajetória da sujeira na história de nosso país. Mas essa já é outra história.
Fonte: Metamorfose Digital
Re: Que sujos eram nossos tataravós
Eca, que história suja, rsrs
Na França de antigamente as famílias tomavam banho com a mesma água na banheira, mas quem tinha o privilégio de se banhar primeiro era o marido, depois a mulher, e por último os filhos....
D. João VI, o pai do D. Pedro I , era um dos que oidiavam tomar banho.
É por isso que surgiu esse nome que o Lula tanto fala hoje em dia...O nome do rio francês Merderon revela seu antigo uso
Na França de antigamente as famílias tomavam banho com a mesma água na banheira, mas quem tinha o privilégio de se banhar primeiro era o marido, depois a mulher, e por último os filhos....
D. João VI, o pai do D. Pedro I , era um dos que oidiavam tomar banho.
Re: Que sujos eram nossos tataravós
Paris - Palácio de Versailles - Presentation Transcript
1. VIVENDO E APRENDENDO Palácio de Versailles, Paris
2. UM POUCO DE CULTURA ANOS 1600/1700
3. Ao se visitar o Palácio de Versailles, em Paris, observa-se que o suntuoso Palácio não tem banheiros. Na Idade Média, não existiam escovas de dente , perfumes, desodorantes, muito menos papel higiênico. Em dia de festa a cozinha do palácio conseguia preparar banquete para l.500 pessoas sem a mínima condição de higiene. Vemos nos filmes as pessoas sendo abanadas.A explicação não está no calor, mas no mau cheiro que exalavam por debaixo das saias que eram feitas propositalmente para conter os odores das partes intimas já que não havia adequada higiene. Também não havia o costume de se tomar banho devido ao frio e à quase inexistência de água encanada. O mau cheiro era dissipado pelo uso do abanador. Só os nobres tinham lacaios para abaná-los, para dissipar o mau cheiro que o corpo e boca exalavam, além de também espantar os insetos. As excrescências humanas eram despejadas pelas janelas.
4. Quem já visitou Versalies admirou muito os jardins enormes e belos que, na época, não eram simplesmente contemplados, mas “usados” como vaso sanitário nas famosas baladas promovidas pela monarquia, porque lá também não havia banheiros. Na Idade Média, a maioria dos casamentos ocorria nos meses de junho (para eles o inicio do verão). A razão é simples: o primeiro banho do ano era tomado em maio; assim, em junho, o cheiro das pessoas era ainda tolerável. Entretanto, como os Odores já começavam, a incomodar, as noivas carregavam buquês, junto ao corpo, para disfarçar o mau cheiro. Dai termos Maio como o mês das Noivas , e a explicação da origem dos buquês de noiva.
5. Os banhos eram tomados numa única tina, enorme, cheia de água quente, e o chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa. Depois sem trocar a água, vinham os outros homens da casa, por ordem de idade, as mulheres também por idade, e por fim, as crianças. Os bebês eram os últimos a tomarem banho. Quando chegava a vez deles, a água já estava tão suja que era possível “perder” um bebê lá dentro. É por isso que existe a expressão em inglês ”don´t throw the baby out with the bath water”, literalmente “Não jogue o bebê fora junto com a água do banho”, que hoje usamos para os mais apressadinhos.
http://www.slideshare.net/mspnet/paris-palcio-de-versailles
1. VIVENDO E APRENDENDO Palácio de Versailles, Paris
2. UM POUCO DE CULTURA ANOS 1600/1700
3. Ao se visitar o Palácio de Versailles, em Paris, observa-se que o suntuoso Palácio não tem banheiros. Na Idade Média, não existiam escovas de dente , perfumes, desodorantes, muito menos papel higiênico. Em dia de festa a cozinha do palácio conseguia preparar banquete para l.500 pessoas sem a mínima condição de higiene. Vemos nos filmes as pessoas sendo abanadas.A explicação não está no calor, mas no mau cheiro que exalavam por debaixo das saias que eram feitas propositalmente para conter os odores das partes intimas já que não havia adequada higiene. Também não havia o costume de se tomar banho devido ao frio e à quase inexistência de água encanada. O mau cheiro era dissipado pelo uso do abanador. Só os nobres tinham lacaios para abaná-los, para dissipar o mau cheiro que o corpo e boca exalavam, além de também espantar os insetos. As excrescências humanas eram despejadas pelas janelas.
4. Quem já visitou Versalies admirou muito os jardins enormes e belos que, na época, não eram simplesmente contemplados, mas “usados” como vaso sanitário nas famosas baladas promovidas pela monarquia, porque lá também não havia banheiros. Na Idade Média, a maioria dos casamentos ocorria nos meses de junho (para eles o inicio do verão). A razão é simples: o primeiro banho do ano era tomado em maio; assim, em junho, o cheiro das pessoas era ainda tolerável. Entretanto, como os Odores já começavam, a incomodar, as noivas carregavam buquês, junto ao corpo, para disfarçar o mau cheiro. Dai termos Maio como o mês das Noivas , e a explicação da origem dos buquês de noiva.
5. Os banhos eram tomados numa única tina, enorme, cheia de água quente, e o chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa. Depois sem trocar a água, vinham os outros homens da casa, por ordem de idade, as mulheres também por idade, e por fim, as crianças. Os bebês eram os últimos a tomarem banho. Quando chegava a vez deles, a água já estava tão suja que era possível “perder” um bebê lá dentro. É por isso que existe a expressão em inglês ”don´t throw the baby out with the bath water”, literalmente “Não jogue o bebê fora junto com a água do banho”, que hoje usamos para os mais apressadinhos.
http://www.slideshare.net/mspnet/paris-palcio-de-versailles
Mariza Frezza- Mensagens : 485
Data de inscrição : 26/10/2009
Idade : 70
Localização : Passo Fundo- RS
Re: Que sujos eram nossos tataravós
Muito interessante, não?
Adoro ler sobre coisas do passado, principalmente os hábitos e costumes.
Imaginem quando as nobres senhoras tiravam as suas saias...suas mucamas devem ter sofrido muito...afff
Adoro ler sobre coisas do passado, principalmente os hábitos e costumes.
Imaginem quando as nobres senhoras tiravam as suas saias...suas mucamas devem ter sofrido muito...afff
Re: Que sujos eram nossos tataravós
Pois é Vania, estamos falando do passado, mas hoje, com tudo que temos de maravilhoso, cheiroso, duchas maravilhosas, tem algumas pessoas que parecem que vivem naquela época. Eu conheço algumas.........
E voltando ao passado....Carlota Joaquina, e seus piolhos, fora seu adorável marido D.João VI, que fazia suas necessidades fisiológicas em qualquer lugar, e seus lacaios, tinham que limpá-lo, e só trocava de roupas quando as que estava usando rasgavam......isto sem o banho......
E voltando ao passado....Carlota Joaquina, e seus piolhos, fora seu adorável marido D.João VI, que fazia suas necessidades fisiológicas em qualquer lugar, e seus lacaios, tinham que limpá-lo, e só trocava de roupas quando as que estava usando rasgavam......isto sem o banho......
Mariza Frezza- Mensagens : 485
Data de inscrição : 26/10/2009
Idade : 70
Localização : Passo Fundo- RS
Re: Que sujos eram nossos tataravós
Mariza escreveu:
E voltando ao passado....Carlota Joaquina, e seus piolhos, fora seu adorável marido D.João VI, que fazia suas necessidades fisiológicas em qualquer lugar, e seus lacaios, tinham que limpá-lo, e só trocava de roupas quando as que estava usando rasgavam......isto sem o banho.....
Eu assistí o filme Carlota Joaquina Princesa do Brasil...foi essa loucura toda, gente mais deseducada...rsss
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