Trabalho temporário é a porta para primeiro emprego

Varejo de rua contrata mais de 1/3 de extras inexperientes; em shoppings, são 23%


Letícia Casado, do R7


Quem ainda não ingressou no mercado de trabalho tem uma boa chance se tentar um emprego temporário: entre aqueles que conseguem uma vaga, 27% estão vivendo a primeira experiência profissional, segundo dados da Asserttem (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário).

Comércio e serviços são os setores que necessitam da maior parte da mão de obra extra nas datas especiais, e os inexperientes são procurados exatamente porque podem ser “moldados”, diz Jismália Oliveira Alves, diretora de comunicação da Asserttem.

Os dados mostram que o trabalho temporário no período de Natal em 2009 foi o primeiro emprego para 35% dos que ingressaram no varejo de rua; nos supermercados e nas lojas de departamento, eles foram 25%; nos shoppings, representaram 23%.

A próxima “onda” de contratações será para a Páscoa.

A consultora de recursos humanos da Catho Online, Gláucia Santos, acredita que em 2010 os jovens terão mais facilidade para conseguir emprego porque a economia vai estar mais fortalecida. Ela aconselha que os inexperientes procurem a área de telemarketing, uma das mais disputadas pelos assinantes da empresa de recolocação de profissionais. Contudo, a oferta de vagas nesse ramo é muito grande.

- Operador de telemarketing é um dos cargos mais procurados pelos assinantes [da empresa]. Dá abertura para quem nunca trabalhou.

No Brasil, 55,42% das vagas temporárias estão na região Sudeste, sendo 32,35% em São Paulo, 12,62% em Minas Gerais, 8,08% no Rio de Janeiro e 2,36% no Espírito Santo, segundo o balanço da associação em 2009.

A Asserttem calcula crescimento de 7% no total de vagas de trabalho temporário no ano passado. Isso significa a geração de 123 mil postos em várias regiões do país. Destes, a previsão é de que 17% se tornem efetivos - ou seja, 21 mil pessoas têm chance de manter o emprego depois da segunda quinzena de janeiro, quando os contratos terminam.



Fonte: R7 - Economia