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Jaiminho - O arroz de velório
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Jaiminho - O arroz de velório
Ele já segurou na alça do caixão de Chacrinha, Cazuza, Tom Jobim, entre muitos outros
11.08.2009 | Texto por Henrique Skujis Fotos Daniela Dacorso
Jaime Dias Sabino dorme de terno, gravata, banho tomado e barba feita. Pronto para o próprio enterro. “Se eu não abrir mais os olhos, é só me colocar no caixão que eu vou embora”, diz. No dia a dia, este baiano de 85 anos, nascido em Feira de Santana, pega no batente como assessor da prefeitura de Nilópolis, na Baixada Fluminense (RJ). Mas quando morre alguém, seja um anônimo das redondezas, seja um famoso Brasil afora, Jaiminho se apressa para saber hora e local dos préstimos fúnebres e é presença certa. Desde o primeiro funeral, o do presidente Getúlio Vargas em 1954, já são mais de 2 mil sepultamentos na lista. Entre os que contaram com sua extrema-unção, ele destaca Chacrinha, Cazuza, Tom Jobim, Luís Carlos Prestes, Dina Sfat, João Saldanha, Roberto Marinho, Austregésilo de Ataíde e os ex-presidentes militares Ernesto Geisel, Emílio Garrastazu Médici e João Figueiredo.
O arroz de velório acotovela-se até ficar tête-à-tête com o finado e conseguir dar os pêsames ao pé do ouvido da família. Mais do que isso. Faz questão de segurar a alça do caixão, até a sepultura. “Gosto de sentir o peso do morto.” Segundo Jaiminho, a ausência na partida dos pais alimentou o desejo de ver como era um funeral, como uma pessoa desaparecia debaixo da terra. “Quando papai e mamãe morreram, lá na Bahia, eu já morava aqui no Rio e não consegui dinheiro para ir.” Para se despedir de Irmã Dulce, no entanto, foi patrocinado. “Um cara, que eu não posso dizer quem é, disse que me pagaria a passagem caso eu chegasse perto do corpo e rezasse por ele.” Não deu outra. Apesar da baixa estatura, Jaiminho venceu a multidão e conseguiu dizer adeus pessoalmente à religiosa morta em 1992. Ele lamenta, no entanto, não ter ido ao enterro de Ayrton Senna. “Estava com a passagem para São Paulo comprada.” Mas com a morte de seu filho, dias antes, foi proibido pela mulher de viajar. “Ela me trancou no quarto e disse que se eu fosse o casamento acabava.”
As aventuras de Jaiminho pelos cemitérios lhe renderam o apelido de Caveirinha e viraram um museu sobre ele mesmo. Nas paredes de um salão anexo a sua casa, ele colou milhares de fotografias para mostrar sua história. “É também a história do país, porque cada pessoa que morre é um pedaço do Brasil que vai embora”, filosofa. Por enquanto, a ideia fixa de comprar um caixão foi vetada pela filha, mas o baiano, que traz no currículo a participação como figurante em mais de 40 filmes nacionais nos tempos da Atlântida, sonha alto com o dia de seu velório. “Se Deus quiser, vai ser na Câmara dos Vereadores de Nilópolis, com mais de 20 mil pessoas. Minha família, os amigos, o governador, o prefeito, o presidente da Beija-Flor, o Cauby Peixoto e a Ivete Sangalo. Sou louco por essa baiana.”
Adeus ao sociólogo Betinho
Adeus a Cazuza
Adeus a Dorival Caymmi
No ombro de Gilberto Gil durante o enterro de seu filho, Pedro Gil
No adeus ao ex-presidente militar Castello Branco
TRIP 180 - Salada Famoso Quem - 0001
Adeus ao jogador Didi
Fonte: Trip.com.br
11.08.2009 | Texto por Henrique Skujis Fotos Daniela Dacorso
Jaime Dias Sabino dorme de terno, gravata, banho tomado e barba feita. Pronto para o próprio enterro. “Se eu não abrir mais os olhos, é só me colocar no caixão que eu vou embora”, diz. No dia a dia, este baiano de 85 anos, nascido em Feira de Santana, pega no batente como assessor da prefeitura de Nilópolis, na Baixada Fluminense (RJ). Mas quando morre alguém, seja um anônimo das redondezas, seja um famoso Brasil afora, Jaiminho se apressa para saber hora e local dos préstimos fúnebres e é presença certa. Desde o primeiro funeral, o do presidente Getúlio Vargas em 1954, já são mais de 2 mil sepultamentos na lista. Entre os que contaram com sua extrema-unção, ele destaca Chacrinha, Cazuza, Tom Jobim, Luís Carlos Prestes, Dina Sfat, João Saldanha, Roberto Marinho, Austregésilo de Ataíde e os ex-presidentes militares Ernesto Geisel, Emílio Garrastazu Médici e João Figueiredo.
O arroz de velório acotovela-se até ficar tête-à-tête com o finado e conseguir dar os pêsames ao pé do ouvido da família. Mais do que isso. Faz questão de segurar a alça do caixão, até a sepultura. “Gosto de sentir o peso do morto.” Segundo Jaiminho, a ausência na partida dos pais alimentou o desejo de ver como era um funeral, como uma pessoa desaparecia debaixo da terra. “Quando papai e mamãe morreram, lá na Bahia, eu já morava aqui no Rio e não consegui dinheiro para ir.” Para se despedir de Irmã Dulce, no entanto, foi patrocinado. “Um cara, que eu não posso dizer quem é, disse que me pagaria a passagem caso eu chegasse perto do corpo e rezasse por ele.” Não deu outra. Apesar da baixa estatura, Jaiminho venceu a multidão e conseguiu dizer adeus pessoalmente à religiosa morta em 1992. Ele lamenta, no entanto, não ter ido ao enterro de Ayrton Senna. “Estava com a passagem para São Paulo comprada.” Mas com a morte de seu filho, dias antes, foi proibido pela mulher de viajar. “Ela me trancou no quarto e disse que se eu fosse o casamento acabava.”
As aventuras de Jaiminho pelos cemitérios lhe renderam o apelido de Caveirinha e viraram um museu sobre ele mesmo. Nas paredes de um salão anexo a sua casa, ele colou milhares de fotografias para mostrar sua história. “É também a história do país, porque cada pessoa que morre é um pedaço do Brasil que vai embora”, filosofa. Por enquanto, a ideia fixa de comprar um caixão foi vetada pela filha, mas o baiano, que traz no currículo a participação como figurante em mais de 40 filmes nacionais nos tempos da Atlântida, sonha alto com o dia de seu velório. “Se Deus quiser, vai ser na Câmara dos Vereadores de Nilópolis, com mais de 20 mil pessoas. Minha família, os amigos, o governador, o prefeito, o presidente da Beija-Flor, o Cauby Peixoto e a Ivete Sangalo. Sou louco por essa baiana.”
Adeus ao sociólogo Betinho
Adeus a Cazuza
Adeus a Dorival Caymmi
No ombro de Gilberto Gil durante o enterro de seu filho, Pedro Gil
No adeus ao ex-presidente militar Castello Branco
TRIP 180 - Salada Famoso Quem - 0001
Adeus ao jogador Didi
Fonte: Trip.com.br
O Jaiminho é o maior barato! Ele é uma verdadeira celebridade, já deu entrevista no programa do Jô Soares. E também no do Zé do Caixão, no Canal Brasil. Ele mora aqui no meu bairro, Riachuelo. Já dei de cara com ele várias vezes pelas ruas. Além de ser fascinado por enterros, ele também desempenha com louvor a função de "papagaio de pirata". Sempre dá um jeitinho de aparecer em tudo quanto é Telejornal, principalmente nos da Globo e nos da Record. Volta e meia ele aparece no noticiário local daqui, o RJTV. Eu e o Charnock colocamos um apelido bonitinho nele: "Alça de caixão".
Re: Jaiminho - O arroz de velório
Que figura! Que fixação estranha por enterros, e ainda sonha até com o próprio enterro. Jaiminho Alça de Caixão Caveirinha. rsrs
Re: Jaiminho - O arroz de velório
E outro detalhe: Ele ainda continua louco pela Ivete Sangalo.
Ele pela Ivete, e eu pelo Rodrigo Lombardi. Mas no meu caso, sem o complemento de caixões, velórios e enterros.
Ele pela Ivete, e eu pelo Rodrigo Lombardi. Mas no meu caso, sem o complemento de caixões, velórios e enterros.
Re: Jaiminho - O arroz de velório
E cada gosto imagnem gostar de ir em velorios...Nem no meu eu quero ir imaginen dos outros..E outra odeia camera de Tv detesto der filmado, fotografado...Tem gente para tudo nesse mundo...
gilcunha2- Mensagens : 206
Data de inscrição : 15/04/2009
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