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Esquema da turma de Arruda montou caixa 2 de R$ 57 mi
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Esquema da turma de Arruda montou caixa 2 de R$ 57 mi
Um dossiê entregue à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público (MP) pelo ex-secretário de Relações Institucionais do governo do Distrito Federal, Durval Barbosa, indicam a existência de um grande esquema de caixa dois montado dentro dacampanha do governador José Roberto Arruda (DEM), em 2006, com recursos da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), empresa ligada ao governo. A conta chega a 57 milhões de reais.
Barbosa anexou aos documentos planilhas de despesas que teriam sido custeadas pela Codeplan durante a disputa eleitoral. Os papeis detalham a distribuição do dinheiro. Uma tabela mostra gastos entre 2004 e setembro de 2006, véspera da votação. A Codeplan teria pago, por exemplo, 7 milhões de reais para locação de um estúdio da campanha no Lago Sul, bairro nobre de Brasília. Mais 2,9 milhões aparecem para a despesa com programas de rádio e televisão.
Outro documento atinge a cadeia de comando do governo do Distrito Federal, indicando a distribuição de propina oriunda de empresas contratadas. Uma tabela cita a empresa Infoeducacional, que é investigada pela PF, com valor de 298.000 e a divisão: 40% para Arruda, 30% a seu vice, Paulo Octávio, 10% ao assessor Omézio Pontes, 10% a seu então chefe da Casa Civil, José Geraldo Maciel, e o restante à espera de um "comando".
Todos os citados dizem que colaboraram com as investigações da PF e não falariam sobre o assunto. Em depoimento ao Ministério Público Federal no dia 16 de setembro, Durval Barbosa relatou ter sido procurado por Arruda em 2002, quando dirigia a Codeplan, para negociar um esquema de caixa 2 para a campanha que seria realizada quatro anos depois. Segundo ele, o então governador Joaquim Roriz deu carta branca para a Codeplan ajudar Arruda a partir daquele ano.
Barbosa "entendeu que estaria autorizado a aderir ao pleito de Arruda". Vídeos gravados com uma câmera escondida pelo ex-secretário Durval Barbosa apresentam os bastidores do chamado mensalão do DEM e a divisão do dinheiro que, de acordo com a investigação, era proveniente de propina paga por empreiteiras e prestadoras de serviço. As cenas de corrupção explícita mostram deputados escondendo dinheiro nos bolsos e até nas meias.
A deputada Eurides Brito (PMDB) entra rapidamente na sala e pergunta: "Cadê o Durval?" Barbosa pede que ela dê meia volta e tranque a porta. Os dois trocam poucas palavras, a deputada abre a bolsa de couro e, na mesma velocidade com que chegou, joga para dentro cinco maços de dinheiro. A conversa prossegue. Eurides ainda ensaia uma crítica a Arruda. "Você não acha que o governador perdeu as estribeiras?", pergunta. Logo depois, sai da sala carregando a bolsa.
Em outro vídeo, o deputado Rubens César Brunelli (PSC-DF) entra na sala, recebe um maço de dinheiro e o coloca no bolso. Numa das gravações, Brunelli aparece rezando com Barbosa e com Leonardo Prudente. "Sabemos que somos falhos, somos imperfeitos", diz o deputado, para em seguida pedir proteção à vida de Barbosa. "Somos gratos pela vida do Durval ter sido instrumento de bênção para nossas vidas, para nossa cidade", diz Brunelli.
Barbosa anexou aos documentos planilhas de despesas que teriam sido custeadas pela Codeplan durante a disputa eleitoral. Os papeis detalham a distribuição do dinheiro. Uma tabela mostra gastos entre 2004 e setembro de 2006, véspera da votação. A Codeplan teria pago, por exemplo, 7 milhões de reais para locação de um estúdio da campanha no Lago Sul, bairro nobre de Brasília. Mais 2,9 milhões aparecem para a despesa com programas de rádio e televisão.
Outro documento atinge a cadeia de comando do governo do Distrito Federal, indicando a distribuição de propina oriunda de empresas contratadas. Uma tabela cita a empresa Infoeducacional, que é investigada pela PF, com valor de 298.000 e a divisão: 40% para Arruda, 30% a seu vice, Paulo Octávio, 10% ao assessor Omézio Pontes, 10% a seu então chefe da Casa Civil, José Geraldo Maciel, e o restante à espera de um "comando".
Todos os citados dizem que colaboraram com as investigações da PF e não falariam sobre o assunto. Em depoimento ao Ministério Público Federal no dia 16 de setembro, Durval Barbosa relatou ter sido procurado por Arruda em 2002, quando dirigia a Codeplan, para negociar um esquema de caixa 2 para a campanha que seria realizada quatro anos depois. Segundo ele, o então governador Joaquim Roriz deu carta branca para a Codeplan ajudar Arruda a partir daquele ano.
Barbosa "entendeu que estaria autorizado a aderir ao pleito de Arruda". Vídeos gravados com uma câmera escondida pelo ex-secretário Durval Barbosa apresentam os bastidores do chamado mensalão do DEM e a divisão do dinheiro que, de acordo com a investigação, era proveniente de propina paga por empreiteiras e prestadoras de serviço. As cenas de corrupção explícita mostram deputados escondendo dinheiro nos bolsos e até nas meias.
A deputada Eurides Brito (PMDB) entra rapidamente na sala e pergunta: "Cadê o Durval?" Barbosa pede que ela dê meia volta e tranque a porta. Os dois trocam poucas palavras, a deputada abre a bolsa de couro e, na mesma velocidade com que chegou, joga para dentro cinco maços de dinheiro. A conversa prossegue. Eurides ainda ensaia uma crítica a Arruda. "Você não acha que o governador perdeu as estribeiras?", pergunta. Logo depois, sai da sala carregando a bolsa.
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Fonte: Veja online
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