Ator pornô infectado pelo HIV ataca indústria e defende uso de preservativo

Doença de Derrick Burts fez com que estúdios parassem filmagens nos EUA





Um ator pornô que teve resultado positivo em um exame para detecção do vírus HIV em outubro e provocou o fechamento temporário da indústria do cinema pornográfico nos Estados Unidos atacou a indústria de filmes eróticos.

Em uma emocionante entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (8), Derrick Burts, de 24 anos, também pediu que o uso de preservativos seja obrigatório nos sets de filmagem. De acordo com ele, os exames regulares mensais não são suficientes para manter os atores protegidos contra doenças sexualmente transmissíveis.

O ator criticou com ênfase especial a Fundação de Cuidados Médicos da Indústria Adulta (AIM), clínica exclusiva para trabalhadores do setor pornográfico, situada no vale de San Fernando, ao norte de Los Angeles, que segundo ele, o deixou meses sem tratamento.

– As pessoas por trás da indústria pornô, os peixes grandes, precisam oferecer um sistema que funcione, que proteja seus artistas.

Pelo menos quatro grandes produções de filmes para adultos suspenderam suas filmagens, enquanto eram realizados testes em todos os atores. As filmagens foram retomadas cerca de duas semanas depois.

Burts disse que trabalhou em filmes pornôs por poucos meses, antes de ser informado que havia contraído o vírus causador da Aids, depois de um exame de rotina. Antes de ser ator, ele trabalhou como mágico em cruzeiros de volta ao mundo e como gerente em um hotel da rede Marriott.

O ator diz que "não usar preservativo na indústria pornô, que é um trabalho de altíssimo risco, é muito perigoso".

– Uma das razões pelas quais definitivamente eu queria falar é para ajudar outros atores pornôs a se darem conta do risco que existe. A AIM gosta de declarar que os exames são suficientes para proteger os atores de doenças sexualmente transmissíveis e do HIV. Isso é completamente falso.

Para Burts, "os exames não fazem nada".

– Eles só te informam o que você tem ou não tem. A proteção real é a gente se proteger com um preservativo.

Esse caso foi o primeiro da indústria neste ano e ocorre seis anos depois de que 14 atores tiveram resultado positivo para HIV, o que levou várias empresas a fecharem suas produtoras.


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Fonte: R7

Compreendo perfeitamente o drama pessoal do Derrick Burts, mas ele foi imprudente conscientemente, pois ele mesmo já sabia das possíveis consequências em não usar os preservativos:

O ator diz que "não usar preservativo na indústria pornô, que é um trabalho de altíssimo risco, é muito perigoso".

Infelizmente, agora é muito tarde para se lamentar...

Não sei se vale a pena entrar no mérito da questão, mas tenho duas perguntinhas:
1) Que tipo de gente se habilita a um trabalho como este, que expõe como poucos a sua intimidade?
2) Que tipo de pessoa que, se habilitando para um trabalho desses, o faz de maneira tão irresponsável?

O que sei é que eles nem mesmo se consideram prostitutos e prostitutas, consideram o que fazem como "atuação". Sei também que boa parte deles leva uma vida normal fora das telas, com família e amigos.
O que garantiria, então, a imunidade às DSTs em geral e à AIDS em particular? E aqueles que são verdadeiramente tarados e não se protegem fora das telas?

Em tempo: os estúdios tem sim sua parcela de culpa, pois eles pagam mais aos atores para que atuem sem preservativo.

Bem, mas alguém os obrigou a filmar sem camisinha? Colocaram uma arma na cabeça deles e disseram "Vai, sem nada agora"?
Se filmaram sem camisinha foi porque aceitaram de bom grado, cientes dos riscos. Do que adianta as empresas fazerem os exames com seus atores e não usarem preservativo?

Paulo escreveu:Bem, mas alguém os obrigou a filmar sem camisinha? Colocaram uma arma na cabeça deles e disseram "Vai, sem nada agora"?

Concordo!

O resultado negativo do teste para HIV não significa que a pessoa não contraiu o vírus, e sim que, no momento, não foi detectado o vírus no organismo. A pessoa pode estar contaminada pelo HIV, mas o organismo ainda produz anticorpos e o vírus não pode ser detectado pelos exames. Isso pode acontecer entre 2 semanas e por até 6 meses após a pessoa ter contraído o vírus.
Portanto, além do uso do preservativo, os cuidados deveriam ser muito maiores !!!

Alessandro escreveu:Não sei se vale a pena entrar no mérito da questão, mas tenho duas perguntinhas:
1) Que tipo de gente se habilita a um trabalho como este, que expõe como poucos a sua intimidade?
2) Que tipo de pessoa que, se habilitando para um trabalho desses, o faz de maneira tão irresponsável?

O que sei é que eles nem mesmo se consideram prostitutos e prostitutas, consideram o que fazem como "atuação". Sei também que boa parte deles leva uma vida normal fora das telas, com família e amigos.
O que garantiria, então, a imunidade às DSTs em geral e à AIDS em particular? E aqueles que são verdadeiramente tarados e não se protegem fora das telas?

Em tempo: os estúdios tem sim sua parcela de culpa, pois eles pagam mais aos atores para que atuem sem preservativo.

Alessandro, prefiro não entrar no mérito de julgar ou criticar as condutas de atores e atrizes pornôs. São pessoas adultas e livres para fazerem o que quiserem de suas vidas e de seus corpos. Eles já carregam uma carga muito pesada de riscos e preconceitos (muitas vezes irreversíveis), arcando com as consequências da profissão que escolheram.

De resto, concordo com o restante das opiniões expostas por todos.

Medida foi tomada depois que artista foi infectado pelo vírus da Aids


Do R7, com agências internacionais


A clínica AIM, que fica na Califórnia (EUA) e é exclusiva para atores pornôs, foi fechada nesta quinta-feira (9), depois que um artista infectado pelo vírus HIV disse que não foi tratado de forma adequada no local.

O estabelecimento faz exames com os atores e mantém um banco com os resultados – os dados são usados pelos produtores da indústria pornô para saber se o artista está infectado por doenças sexualmente transmissíveis e se pode participar das filmagens.

De acordo com o Departamento de Saúde Pública do Condado de Los Angeles, a AIM não tem a licença correta para funcionar como uma clínica médica. As autoridades dizem que a AIM deve "parar de oferecer serviços médicos até obter a licença apropriada do Estado".

Fontes da indústria pornô dizem que o fechamento da clínica não deve prejudicar as filmagens. Nesta semana, o ator Derrick Burts, de 24 anos, que se infectou pelo HIV, criticou o trabalho da clínica, que fica no vale de San Fernando, ao norte de Los Angeles. Ele alega ter ficado meses sem tratamento adequado.

– As pessoas por trás da indústria pornô, os peixes grandes, precisam oferecer um sistema que funcione, que proteja seus artistas.

Burts suspeita que foi infectado durante as filmagens de um filme gay, em que ele usou camisinha nas cenas de sexo anal, mas não nas de oral. Em entrevista ao jornal Los Angeles Times, o ator reconheceu que não se protegeu o bastante.

– Quando eu entrei na indústria pornô, eu pensei que estaria seguro se fizesse o teste todo mês. Não é certo que eu me infectei em um filme gay. Dizer isso seria errado. O fato é que o exame deu positivo. A AIM diz que fazer o exame protege você, mas isso não é verdade.



Fonte: R7