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Mensagem por Lili Sáb 13 Jun 2009 - 3:27

Biografia “Cazuza”

Foto: Vania Toledo (Divulgação)
Cazuza - "O poeta está vivo" 3398

Agenor Miranda de Araújo Neto, ou simplesmente Cazuza, nasceu no Rio de Janeiro, em 4 de abril de 1958, numa família de classe média, filho da costureira Lucinha Araújo e de João Araújo, produtor fonográfico da Odeon e fundador do selo Som Livre. O fato de o pai ser um conhecido produtor musical foi determinante para que Cazuza crescesse ouvindo, sobretudo, música brasileira. Nos anos 70, entretanto, descobriu o rock’n’roll durante uma temporada em que viveu na Inglaterra e tornou-se fã de grandes ídolos do movimento, como Janis Joplin e Led Zeppelin.

Demorou algum tempo para perceber que seria a música o seu caminho. Antes de se dar conta do fato, trabalhou na Som Livre, estudou fotografia e atuou em peças de teatro, onde, aliás, descobriu sua real vocação.

A juventude de Cazuza foi de boemia e agitada vida noturna. O jovem Agenor passou no vestibular, mas abandonou o curso de Comunicação apenas um mês depois de tê-lo iniciado.

Morou nos EUA e quando voltou, em 1980, o amigo Léo Jaime o apresentou para algumas pessoas que se tornariam seus maiores parceiros na carreira: Roberto Frejat (guitarra), Dé (baixos), Maurício Barros (teclados) e Gutti Goffi (bateria), todos integrantes da banda Barão Vermelho, um dos maiores sucessos da primeira metade dos anos 80, da qual Cazuza foi o vocalista.

Até o sucesso, contudo, a banda percorreu o mesmo difícil caminho de todos os grupos musicais. Tocavam em teatros, a divulgação era difícil e as pedras no caminho, enormes. Um dia, o produtor Ezequiel Neves teve acesso a uma demo do grupo e a encaminhou ao diretor artístico da Som Livre, Guto Graça Mello. Ambos, Ezequiel e Mello tiveram que convencer João Araújo a produzir a banda do próprio filho.

Com produção humilde e barata, o disco foi gravado às pressas, mas mesmo assim agradou a toda a classe artística. A música que encabeçava esse trabalho “Tudo que Houver Nessa Vida” foi gravada por Caetano Veloso, tempos depois.

O compositor Cazuza já começava a mostrar seu talento. O lado poeta do artista juntava-se ao cantor talentoso, ao jovem rebelde e ao assumido bissexual. Suas letras falavam de dor, sofrimento, angústias e paixões e as melodias misturavam baladas, blues e rock. Essa combinação obteve forte impacto e a banda explodiu, anos depois, nas paradas.

“Barão Vermelho 2”, como o próprio título diz, foi o segundo disco da banda, lançado em 1983, que manteve a qualidade de repertório do disco anterior e continuou chamando atenção para o grupo. Esse trabalho também consolidou definitivamente a parceria de Cazuza e Frejat.

“Bete Balanço”, música encomendada como tema de abertura do filme homônimo, de Lael Rodrigues, foi o primeiro grande sucesso do grupo. Curiosamente, essa música foi gravada inicialmente em compacto e só depois incluída no terceiro disco do Barão Vermelho, “Maior Abandonado”, que vendeu mais de 60 mil cópias.

O ano de 1985 foi determinante na vida de Cazuza. Ele decidiu abandonar o grupo e se aventurar em carreira solo com o álbum “Cazuza”. O repertório do disco é composto de parcerias com Ezequiel Neves, Leoni, Reinaldo Arias e claro, Roberto Frejat, de quem continuou amigo e parceiro até o fim da vida.

A bem sucedida carreira solo teve cinco discos em quatro anos, shows mais bem elaborados e público cativo. Cazuza já sabia, nessa ocasião, que estava doente. Um novo exame confirmou o vírus da Aids. Cazuza foi o primeiro artista brasileiro e um dos poucos, até hoje, a confirmar publicamente seu estado de saúde, colaborando, assim, para a campanha de conscientização sobre a doença e seus efeitos. Uma grande revista de circulação nacional explorou o estado do cantor, estampando na capa sua foto e as conseqüências desastrosas que a doença provocava na aparência das pessoas. Essa capa e o conteúdo da matéria gerou grande polêmica e discussão ética na imprensa nacional.

A maneira como encarou e se posicionou em relação à Aids fez dele um símbolo de luta e amor à vida. Shows, discos e internações para tratamento passaram a fazer parte de sua vida e de sua obra. O disco “Ideologia”, de 1987, falava de suas experiências com a perspectiva da morte, além de tocar em assuntos relacionados a questões sociais do país, uma preocupação constante no trabalho do letrista.

Prêmios também não paravam de chegar e, embora a doença avançasse, a criatividade e irreverência de Cazuza continuaram aguçadas. O show “Ideologia”, que teve a direção de Ney Matogrosso, viajou por todo o país e foi transformado em programa pela TV Globo, resultando no disco “Cazuza ao Vivo, o Tempo não Pára”, que atingiu a marca de mais de 560 mil cópias vendidas, o maior êxito em vendas de sua carreira. O álbum duplo “Burguesia”, seu último disco, foi lançado em 1989.

Após sua morte, no Rio de Janeiro, aos 32 anos, em 07/07/90, Lucinha Araújo, sua mãe, criou a Sociedade Viva Cazuza, que ampara e dá apoio a crianças portadoras do vírus HIV.

Em 1991, Ezequiel Neves produziu um disco póstumo com gravações de Cazuza, que haviam ficado fora de discos anteriores, o álbum “Cazuza Por Aí”.

Até hoje, muitos astros da MPB regravam Cazuza, que deixou algumas músicas inéditas. A mais famosa delas, “Poema”, é uma homenagem à Dona Alice, avó materna. A canção foi encontrada e gravada alguns anos depois por Ney Matogrosso. Em 2004 foi lançado o filme “Cazuza” para contar a vida e a trajetória artística do polêmico compositor. No mesmo ano, a trilha sonora do filme foi reunida no CD “O Tempo Não Pára”, trazendo 14 sucessos do cantor, como a consagrada “Ideologia”, “Vida Louca Vida” e “Faz Parte do Meu Show”, com participações de Barão Vermelho, Caetano Veloso e dos atores Daniel de Oliveira e Leandra Leal.

LETRA: O Tempo Não Pára (Cazuza)

Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou o cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara

Mas se você achar
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não pára

Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára

Eu não tenho data pra comemorar
Às vezes os meus dias são de par em par
Procurando agulha no palheiro

Nas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer
E assim nos tornamos brasileiros
Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiro

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára


Fonte: Terra - Canal Pop: Artistas de A a Z




Vida Louca Vida - Cazuza

Composição: Lobão / Bernardo Vilhena


Vida louca vida
Vida breve
Já que eu não posso te levar
Quero que você me leve
Vida louca vida
Vida imensa
Ninguém vai nos perdoar
Nosso crime não compensa

Se ninguém olha quando você passa você logo acha 'Eu to carente'
'Eu sou manchete popular'
Tô cansado de tanta babaquice, tanta caretice
Desta eterna falta do que falar

Se ninguém olha quando você passa você logo acha que a vida voltou ao normal
Aquela vida sem sentido, volta sem perigo
É a mesma vida sempre igual
Se niguém olha quando você passa você logo diz 'Palhaço'
Você acha que não tá legal
Corre todos os perigos, perde os sentidos
Você passa mal

Vida louca vida
Vida breve
Já que eu não posso te levar
Quero que você me leve
Vida louca vida
Vida imensa
Ninguém vai nos perdoar
Nosso crime não compensa

Se ninguém olha quando você passa você logo acha 'Eu tô carente'
'Eu sou manchete popular'
Tô cansado de tanta caretice, tanta babaquice
Desta eterna falta do que falar

Vida louca vida
Vida breve
Já que eu não posso te levar
Quero que você me leve
Vida louca vida
Vida imensa
Ninguém vai nos perdoar
Nosso crime não compensa
Lili
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Cazuza - "O poeta está vivo" Empty Re: Cazuza - "O poeta está vivo"

Mensagem por Lili Sáb 13 Jun 2009 - 3:51

"Cazuza, o seu corpo físico se foi. Mas a sua lembrança, como um grande poeta da MPB permanece. E de onde você estiver, saiba que você e as suas obras continuarão sempre vivos e eternos no meu coração".

core
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