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10 trabalhos na Roma antiga que torravam a paciência
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10 trabalhos na Roma antiga que torravam a paciência
10- Nomenclator
O nomenclator realizou um trabalho de vital importância. Ele era uma espécie de homem-agenda-calendário, que servia para lembrar nomes e eventos importantes. Hoje em dia, temos Iphones e Blackberries, entre outros dispositivos digitais, para armazenar os contatos que fazemos. No entanto, acho que todos já tiveram a experiência de conhecer alguém, anotar em papel o telefone, prometer contato mas, no dia seguinte, esquecer onde colocou o papel. Os romanos tinham um jeito muito melhor de lidar com isso. Eles arrastavam seus escravos para as festas, e forçavam eles a lembrar dos nomes e números.
9- Traficante de Escravos
Traficante de escravos era alguém que vendia escravos - por negócios ou lazer. Geralmente, viajava atrás dos exércitos, com o objetivo de capturar os perdedores e vendê-los como escravos a gregos e romanos ricos. Ele, inclusive, comprava os filhos "indesejados" das famílias, com o objetivo de castrá-los e vendê-los como amantes a gregos e romanos ricos. Desta forma, fornecia uma alternativa de adoção aos pais que não queriam seus filhos. O lado ruim deste emprego (ironia) era que, geralmente, os traficantes de escravos eram assassinados por aqueles que não aprovavam a mercadoria.
8- Ornador
O trabalho de um cabeleireiro (ornador) é muitas vezes desprezado nos dias de hoje. E, antigamente, não era muito diferente. Mas, honestamente, um cabelereiro hoje deve apreciar seu trabalho, pois é muito melhor do que era há muitos séculos atrás. Imagine a cena: sua rainha imperial é loira, mas a moda é cabelos escuros e brilhantes. Se fosse hoje, a melhor solução seria colocar uma peruca decorativa. No entanto, não existia esta opção para o antigo ornador. Para dar ao cabelo da rainha o tom negro-abrilhantado, o ornador deveria usar uma mistura de bílis, sanguessugas podres e tintas de lula. Mas fica pior. Se a tal rainha fosse morena e quisesse uma tonalidade dourada para os cabelos, a mistura passava a ser cocô de pombo, cinzas e até xixi. Eca!
7- Virgem Vestal
Bom, vamos começar com a proposta de emprego: "Procura-se fêmea, adolescente e virgem, para trinta anos de serviço. Deve ser romana, sem mutilações e não pode ser filha de escravos". Aí está a descrição de uma virgem vestal. Estas atraentes e perfeitas garotas passavam trinta anos servindo Vesta, a deusa romana do fogo sagrado, da pira doméstica e da cidade. No templo, elas tinham que manter acesa a chama vestal e estavam em posição de
grande honra - eram as únicas sacerdotisas da Roma Antiga. Agora, se alguma delas esquecesse, por distração, de alimentar a chama, seria flagelada (tipo de açoite) até sangrar. Se, neste intervalo de trinta anos, perdesse a virgindade, era enterrada viva. Pior ainda, se alguma virgem vestal preguiçosa deixasse, porventura, o fogo se apagar, não era apenas flagelada: deixar o fogo apagar tinha o significado simbólico de perder a virgindade. Assim, a pobre virgem, além de ser açoitada, era também enterrada viva!
6- Dentista
Hoje, a odontologia é uma profissão respeitada e muito concorrida em vestibulares. Equipamentos modernos permitem cirurgias dentárias com alta precisão e o paciente pode manter uma higiene bucal relativamente decente, com a quantidade de produtos disponíveis no mercado. Agora, imagine a boca dos nossos ancestrais - que não tinham o hábito de escovar os dentes e comiam toda a sorte de alimentos estragados. Agora, imagine um deles com um grande abcesso, baita dor de dente, e ser o dentista que vai tratá-lo. Quem é fã de vinhos iria gostar, pois era usado como anestésico natural. Porém, quando a coisa piorava, eram necessárias medidas drásticas, como colocar ferro em brasa na gengiva e rechear o buraco carbonizado com peixe podre. É difícil dizer quem sofria mais: o dentista ou o paciente!
5- Fabricante de Vinhos
Que trabalho poderia ser melhor do que fabricar vinhos - a colheita da uva nas primeiras horas, enquanto o orvalho ainda escorre das videiras, pisar a fruta com os pés, enquanto entoa lindas canções épicas, e, finalmente, após a fermentação, beber o delicioso néctar? Seria um
ótimo trabalho, não fosse o fato do vinho ser, geralmente, contaminado com chumbo. Infelizmente, os romanos não sabiam dos riscos do chumbo, e geralmente adoçavam o vinho com esta substância química extremamente tóxica. Para piorar, ainda serviam o vinho em copos de chumbo.
4- Pregustador
O pregustador era, em outras palavras, um provador de alimentos e vinhos. Ora, quem não desejaria ser pago para não fazer nada além de degustar os mais refinados quitutes das mesas imperiais? E a lista era vasta: pães temperados, patês, saladas exóticas e toda a sorte de
carnes. Mas antes que a boca começe a salivar, há uma ressalva. Boa parte dos imperadores eram odiados, e muita gente queria vê-los mortos. E, naquela época, a melhor maneira de matar alguém sutilmente era através do envenenamento. Assim, é possível que os imperadores se deparassem com delícias envenenadas ao menos duas vezes durante seus reinados. Aí entrava em cena o pregustador, que abocanhava cada alimento antes do rei. E, se alguém no palácio iria morrer, provavelmente seria o pregustador.
3- Remador
A maioria de nós já passou pela experiência de frequentar uma academia para perder uns quilinhos. E, quem a frequenta regularmente, provavelmente já sentiu a dor que queima os músculos dos ombros e braços ao final de um treino puxado. No entanto, como pagamos a mensalidade, temos a opção de parar quando quisermos. O mesmo não ocorria com os
pobres remadores das galés romanas. Primeiramente, porque eram escravos e forçados a remar. Segundo, porque a pausa para descanso não era uma opção inteligente, uma vez que
implicava em açoite.
2- Depilador de Axilas
A questão aqui não é discutir se a depilação dos pêlos do suvaco causavam ou não dor ao depilado. A questão é falar de alguém que ganhava a vida fazendo este trabalho. Os antigos romanos adoravam esportes e os atletas treinavam dia após dia sob o sol, atentos à grande capacidade de seus pêlos reterem odores desagradáveis. Dessa forma, os homens -
velhos ou novos - se submetiam à rotina de terem seus pêlos do suvaco cortados diariamente por um depilador de axilas. E nem precisa dizer que estes pobres depiladores lidavam com axilas extremamente cabeludas e mau cheirosas.
1- Delator
Delator era o indivíduo que ganhava a vida dedurando outras pessoas. Por incrível que pareça, tinha gente que enriquecia desta forma, apesar de não ser considerado um "trabalho" oficial. Cada pequeno ou grande delito era dedurado. Se havia um pária social, odiado acima de tudo, era o delator. Alguns delatores eram extremamente criativos, pois eles eram pagos, independente da verdade por trás das acusações. O mais famoso deles foi, certamente, Judas Iscariotes.
BÔNUS
Gladiador
Gladiadores eram lutadores escravos treinados na Roma Antiga. Eles se enfrentavam para entreter o público, e o duelo só terminava quando um deles morria, ficava desarmado ou ferido sem poder combater. Geralmente, lutavam para conquistar a liberdade, que só vinha depois de muitas lutas e dependia do bom humor do imperador. Havia certa glória em ser gladiador, e muitos desfrutavam de muita popularidade. Mas, sinceramente, qual era a probabilidade de sair vivo para contar esta história depois?
O nomenclator realizou um trabalho de vital importância. Ele era uma espécie de homem-agenda-calendário, que servia para lembrar nomes e eventos importantes. Hoje em dia, temos Iphones e Blackberries, entre outros dispositivos digitais, para armazenar os contatos que fazemos. No entanto, acho que todos já tiveram a experiência de conhecer alguém, anotar em papel o telefone, prometer contato mas, no dia seguinte, esquecer onde colocou o papel. Os romanos tinham um jeito muito melhor de lidar com isso. Eles arrastavam seus escravos para as festas, e forçavam eles a lembrar dos nomes e números.
9- Traficante de Escravos
Traficante de escravos era alguém que vendia escravos - por negócios ou lazer. Geralmente, viajava atrás dos exércitos, com o objetivo de capturar os perdedores e vendê-los como escravos a gregos e romanos ricos. Ele, inclusive, comprava os filhos "indesejados" das famílias, com o objetivo de castrá-los e vendê-los como amantes a gregos e romanos ricos. Desta forma, fornecia uma alternativa de adoção aos pais que não queriam seus filhos. O lado ruim deste emprego (ironia) era que, geralmente, os traficantes de escravos eram assassinados por aqueles que não aprovavam a mercadoria.
8- Ornador
O trabalho de um cabeleireiro (ornador) é muitas vezes desprezado nos dias de hoje. E, antigamente, não era muito diferente. Mas, honestamente, um cabelereiro hoje deve apreciar seu trabalho, pois é muito melhor do que era há muitos séculos atrás. Imagine a cena: sua rainha imperial é loira, mas a moda é cabelos escuros e brilhantes. Se fosse hoje, a melhor solução seria colocar uma peruca decorativa. No entanto, não existia esta opção para o antigo ornador. Para dar ao cabelo da rainha o tom negro-abrilhantado, o ornador deveria usar uma mistura de bílis, sanguessugas podres e tintas de lula. Mas fica pior. Se a tal rainha fosse morena e quisesse uma tonalidade dourada para os cabelos, a mistura passava a ser cocô de pombo, cinzas e até xixi. Eca!
7- Virgem Vestal
Bom, vamos começar com a proposta de emprego: "Procura-se fêmea, adolescente e virgem, para trinta anos de serviço. Deve ser romana, sem mutilações e não pode ser filha de escravos". Aí está a descrição de uma virgem vestal. Estas atraentes e perfeitas garotas passavam trinta anos servindo Vesta, a deusa romana do fogo sagrado, da pira doméstica e da cidade. No templo, elas tinham que manter acesa a chama vestal e estavam em posição de
grande honra - eram as únicas sacerdotisas da Roma Antiga. Agora, se alguma delas esquecesse, por distração, de alimentar a chama, seria flagelada (tipo de açoite) até sangrar. Se, neste intervalo de trinta anos, perdesse a virgindade, era enterrada viva. Pior ainda, se alguma virgem vestal preguiçosa deixasse, porventura, o fogo se apagar, não era apenas flagelada: deixar o fogo apagar tinha o significado simbólico de perder a virgindade. Assim, a pobre virgem, além de ser açoitada, era também enterrada viva!
6- Dentista
Hoje, a odontologia é uma profissão respeitada e muito concorrida em vestibulares. Equipamentos modernos permitem cirurgias dentárias com alta precisão e o paciente pode manter uma higiene bucal relativamente decente, com a quantidade de produtos disponíveis no mercado. Agora, imagine a boca dos nossos ancestrais - que não tinham o hábito de escovar os dentes e comiam toda a sorte de alimentos estragados. Agora, imagine um deles com um grande abcesso, baita dor de dente, e ser o dentista que vai tratá-lo. Quem é fã de vinhos iria gostar, pois era usado como anestésico natural. Porém, quando a coisa piorava, eram necessárias medidas drásticas, como colocar ferro em brasa na gengiva e rechear o buraco carbonizado com peixe podre. É difícil dizer quem sofria mais: o dentista ou o paciente!
5- Fabricante de Vinhos
Que trabalho poderia ser melhor do que fabricar vinhos - a colheita da uva nas primeiras horas, enquanto o orvalho ainda escorre das videiras, pisar a fruta com os pés, enquanto entoa lindas canções épicas, e, finalmente, após a fermentação, beber o delicioso néctar? Seria um
ótimo trabalho, não fosse o fato do vinho ser, geralmente, contaminado com chumbo. Infelizmente, os romanos não sabiam dos riscos do chumbo, e geralmente adoçavam o vinho com esta substância química extremamente tóxica. Para piorar, ainda serviam o vinho em copos de chumbo.
4- Pregustador
O pregustador era, em outras palavras, um provador de alimentos e vinhos. Ora, quem não desejaria ser pago para não fazer nada além de degustar os mais refinados quitutes das mesas imperiais? E a lista era vasta: pães temperados, patês, saladas exóticas e toda a sorte de
carnes. Mas antes que a boca começe a salivar, há uma ressalva. Boa parte dos imperadores eram odiados, e muita gente queria vê-los mortos. E, naquela época, a melhor maneira de matar alguém sutilmente era através do envenenamento. Assim, é possível que os imperadores se deparassem com delícias envenenadas ao menos duas vezes durante seus reinados. Aí entrava em cena o pregustador, que abocanhava cada alimento antes do rei. E, se alguém no palácio iria morrer, provavelmente seria o pregustador.
3- Remador
A maioria de nós já passou pela experiência de frequentar uma academia para perder uns quilinhos. E, quem a frequenta regularmente, provavelmente já sentiu a dor que queima os músculos dos ombros e braços ao final de um treino puxado. No entanto, como pagamos a mensalidade, temos a opção de parar quando quisermos. O mesmo não ocorria com os
pobres remadores das galés romanas. Primeiramente, porque eram escravos e forçados a remar. Segundo, porque a pausa para descanso não era uma opção inteligente, uma vez que
implicava em açoite.
2- Depilador de Axilas
A questão aqui não é discutir se a depilação dos pêlos do suvaco causavam ou não dor ao depilado. A questão é falar de alguém que ganhava a vida fazendo este trabalho. Os antigos romanos adoravam esportes e os atletas treinavam dia após dia sob o sol, atentos à grande capacidade de seus pêlos reterem odores desagradáveis. Dessa forma, os homens -
velhos ou novos - se submetiam à rotina de terem seus pêlos do suvaco cortados diariamente por um depilador de axilas. E nem precisa dizer que estes pobres depiladores lidavam com axilas extremamente cabeludas e mau cheirosas.
1- Delator
Delator era o indivíduo que ganhava a vida dedurando outras pessoas. Por incrível que pareça, tinha gente que enriquecia desta forma, apesar de não ser considerado um "trabalho" oficial. Cada pequeno ou grande delito era dedurado. Se havia um pária social, odiado acima de tudo, era o delator. Alguns delatores eram extremamente criativos, pois eles eram pagos, independente da verdade por trás das acusações. O mais famoso deles foi, certamente, Judas Iscariotes.
BÔNUS
Gladiador
Gladiadores eram lutadores escravos treinados na Roma Antiga. Eles se enfrentavam para entreter o público, e o duelo só terminava quando um deles morria, ficava desarmado ou ferido sem poder combater. Geralmente, lutavam para conquistar a liberdade, que só vinha depois de muitas lutas e dependia do bom humor do imperador. Havia certa glória em ser gladiador, e muitos desfrutavam de muita popularidade. Mas, sinceramente, qual era a probabilidade de sair vivo para contar esta história depois?
Fonte: Historia Digital
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